Ao longo dos últimos tempos temos vindo a assistir a mudanças na envolvente organizacional como resultado da globalização, das novas tecnologias, e de pressões económicas, políticas e sociais. Estas mudanças têm tido fortes implicações tanto na forma como as pessoas trabalham e como encaram o trabalho, como também na sua gestão, principalmente no que diz respeito ao planeamento e gestão das carreiras (Baruch, 2004; Buchner, 2007). Num contexto caracterizado pela incerteza e instabilidade como aquele em que vivemos hoje em dia, não faz sentido um planeamento de carreira a longo prazo ou pensar em construir carreira numa única organização (Passos, 1999). É assim necessário adquirir uma nova perspectiva do sistema de gestão de carreiras, apostando cada vez mais no desenvolvimento da carreira do indivíduo e não tanto na sua gestão. De facto, hoje em dia é vital apostar no desenvolvimento de competências que permitam ter a adaptabilidade e a flexibilidade necessárias para lidar com a dinâmica e incerteza do actual contexto de trabalho. As novas carreiras, também denominadas de carreiras contemporâneas ou as carreiras do século XXI, são assim encaradas como sendo dinâmicas e fluídas, contrariando as carreiras tradicionais ou carreiras verticais perspectivadas como sendo lineares, mais estáticas e rígidas. O presente capítulo tem como objectivo sistematizar as principais mudanças no modo como se percepcionam as carreiras individuais e qual o papel dos Gestores de Recursos Humanos no seu desenvolvimento.

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desenvolvimento de carreira, recursos humanos