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Descrição Detalhada da Comunicação
De uma ‘coutada para porcos monteses’ à monocultura superintensiva: para uma história das pessoas e da paisagem do Alentejo
Título Evento
Terra e Paisagens no Sul
Ano (publicação definitiva)
2022
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Há séculos que as obras de hidráulica agrícola são apresentadas como a solução para todos os problemas do interior de Portugal. As Leis das Sesmarias já revelavam que a autossuficiência alimentar era um objetivo a alcançar, fixando as pessoas à terra e obrigando ao seu cultivo, assim combatendo o despovoamento. A obra de Severim de Faria (1655) é um dos primeiros exemplos de um diagnóstico das dificuldades da agricultura, sobretudo a alentejana, que, por falta de gente e de capitais era deficitária na produção de trigo. Numa região de culturas de sequeiro, onde o montado era predominante, o Alentejo como “celeiro de Portugal algum dia” foi apresentado por Soares de Barros em 1789 e retomado no início do século XX por Salazar. O autoabastecimento alimentar foi um objetivo do Estado Novo, que colocou em prática uma política agrícola baseada em Campanhas do Trigo, Colonização Interna, hidráulica agrícola com a construção de barragens, e florestação.
Com a transição para a Democracia, o Alentejo foi palco de uma Reforma Agrária e do seu reverso, e posteriormente da inserção da sua agricultura na Política Agrícola Comum. Analisa-se aqui a estrutura social da região e a sua evolução demográfica perante estas políticas, assim como as alterações na paisagem e nos sistemas de produção.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
albufeiras; barragens; questão agrária; despovoamento;
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