O forte crescimento das cidades tem contribuído para uma crescente competição da atividade agrícola com outras atividades pela ocupação do solo disponível. As cidades perdem soberania alimentar e enfrentam problemas sociais diversos. Pela sua multifuncionalidade, a Agricultura Urbana (AU) tem um grande potencial para mitigar estes problemas. A Economia Solidária (ES), baseada em princípios da economia substantiva, como a reciprocidade, a domesticidade e a redistribuição e em relações de solidariedade e em práticas de participação e gestão democráticas, pode contribuir para a afirmação da Agricultura Urbana. No concelho de Lisboa, as hortas urbanas são predominantemente de iniciativa municipal, tendo as iniciativas de cariz associativo pouca expressão. Muitas práticas da Economia Solidária estão presentes nas diversas iniciativas mas não as conhecemos totalmente nem qual a sua relevância.

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