Comunicação em evento científico
O parto em casa em Portugal entre 1995 e 2020: características e resultados em saúde materna e infantil
Inês Trindade (Trindade, I.); Dulce Morgado Neves (Neves, D. M.); Mário JDS Santos (Santos, M.); Sónia Pintassilgo (Pintassilgo, S.);
Título Evento
VI Congresso Português de Demografia
Ano (publicação definitiva)
2022
Língua
Português
País
Portugal
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(Última verificação: 2024-04-24 16:43)

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Abstract/Resumo
O processo de hospitalização dos nascimentos em Portugal foi tardio, mas acelerado, quando comparado com o de outros países europeus, acompanhando mudanças, em termos sociais e demográficos, e o contexto de medicalização da sociedade em que se insere o atual modelo assistencial. Nesse contexto, os anos de 2020 e 2021 revelaram um aumento da proporção dos nascimentos em casa, que poderá ser lido à luz das circunstâncias especiais produzidas pela pandemia por Covid 19 à escala global. Com efeito, o ano de 2020, primeiro ano de pandemia, registou a frequência mais elevada de partos domiciliários das últimas duas décadas. Assumindo que o local e as condições de nascimento, de forma abrangente, não serão neutros para os resultados em saúde materna e infantil, e apesar da falta de informação integrada sobre essas diferentes dimensões do nascimento, esta comunicação visa: i) analisar o parto em casa em Portugal, em 2020, de acordo com as características sociodemográficas dos progenitores, da gravidez e da assistência ao nascimento; e ii) analisar a associação entre a assistência ao parto domiciliário e os resultados em saúde materna e infantil, no período mais alargado, de 1995 a 2020. Para tal, a partir da informação disponível nas bases de dados oficiais dos nados-vivos, disponibilizadas pelo INE, considerou-se uma abordagem descritiva de diferentes dimensões do parto em casa – associadas às características do nascimento, da assistência e sociodemográficas dos progenitores – assim como a análise à associação entre parto no domicílio com assistência especializada, não especializada ou sem assistência e as taxas de mortalidade materna, infantil, perinatal e neonatal. Os resultados revelam o nascimento no domicílio como um fenómeno não homogéneo, cujas características se aproximam mais das dos nascimentos ocorridos em hospitais do que noutros locais. No contexto domiciliário, o tipo de assistência ao nascimento associa-se a resultados diferentes de saúde infantil.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Parto em casa,Assistência,Medicalização,Portugal,Características sociodemográficas dos progenitores,COVID19,Mortalidade materna,Mortalidade infantil