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Qualificações e participação laboral de mulheres e homens na Europa: Desigualdades e desafios
Título Evento
Colóquio
Ano (publicação definitiva)
2016
Língua
Português
País
Portugal
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Abstract/Resumo
Nos últimos anos, em Portugal, a exemplo do que se passa em outros países da Europa, as mulheres têm vindo a protagonizar uma revolução silenciosa de reconfiguração dos seus perfis qualificacionais, num processo que apoiou o aumento exponencial da atividade laboral feminina, particularmente nos segmentos profissionais de especialistas e quadros técnicos e de enquadramento. Perante estas tendências, em que medida persistem hoje desigualdades estruturais nas condições de participação de mulheres e homens no trabalho, em Portugal e na Europa? A análise desenvolvida, referenciada empiricamente em dados do Eurostat (Inquérito ao Emprego e Inquérito aos Ganhos e Duração do Trabalho) tem como núcleo problemático as desigualdades que enformam as condições de participação laboral segundo o género e grupo etário, produzindo um diagnóstico focado nas(os) diplomadas(os) do ensino superior. Os resultados obtidos permitem confirmar o grande protagonismo qualificacional das mulheres, particularmente no segmento de idades com 25 a 34 anos. Deve-se a esta mobilização feminina na qualificação superior a tendência de convergência com os objetivos definidos na Estratégia Europa 2020, para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. Tal, num relativo contraste quer em relação aos homens e mulheres das faixas etárias mais velhas, quer em relação aos homens da sua própria geração. No entanto, a tradução destas credenciais nas inserções profissionais e no mercado de trabalho ainda não constituem recursos de igual valor, já que, de forma transversal ao países europeus, os homens continuam a ocupar as profissões de direção, a obterem maiores rendimentos e a estarem menos sujeitos a trabalho temporário. O diagnóstico produzido aponta como desafios específicos para Portugal 1) no plano das qualificações, construir políticas que permitam incentivar a mobilização em atividades formativas e de educação do segmento masculino da população jovem, que hoje tende a abandonar precocemente o sistema educativo; e num outro plano, não menos relevante, dar continuidade à priorização da educação de adultos; 2) investir em políticas que promovam a modernização do tecido económico, capaz de absorver os fluxos de novos diplomados, mulheres e homens, numa empregabilidade qualificante, não discriminatória, promotora de realização pessoal e sentido de futuro. A presente pesquisa é um dos eixos de investigação do Projeto PROCLEU: “Classes Sociais e Desigualdades na Sociedade Europeia Contemporânea”, desenvolvido no quadro do CIES-IUL e do Observatório das Desigualdades.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
desigualdades de género,qualificações,participação laboral,comparação europeia