O presente estudo expõe uma análise às fachadas principais das igrejas católicas paroquias e não-paroquiais dos Açores, construídas nos séculos XVIII e XIX evidenciando a existência duma tipologia de fachada, através das suas semelhanças. Existe uma historiografia pós-George Kubler da arquitectura chã portuguesa. Dos autores que também se dedicaram ao estudo desta temática destacamos Nestor de Sousa, João Caldas, José Eduardo Horta Correia, Paulo Varela Gomes, Rafael Moreira. Na historiografia europeia existia o renascimento, o maneirismo e o barroco, mas, existiam edifícios que não se encaixavam nestes estilos, assim Kubler veio definir um estilo, um modelo que se caracteriza por edifícios de formas austeras, exteriores racionais, com proporções evidentes, ordem, simplicidade, onde é identificada uma arquitetura vernacular. Neste artigo são confrontados os autores que estudam a arquitetura chã em Portugal. Ao longo da investigação apercebemo-nos da carência de estudos científicos e de peças gráficas. Apesar da diversidade de cronistas das várias épocas que refletem a temática da arquitetura religiosa nos Açores, estes incidem na contextualização e caracterização histórica do edifício, apresentando raramente estudo sobre o desenho da fachada, à exceção de Nestor de Sousa, João Caldas e Maria Vieira.

Parcialmente financiada por fundos nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P. através da bolsa de investigação de Doutoramento 2021.08545.BD, e no âmbito dos projetos UIDB/04466/2020 e UIDP/04466/2020.

Arquitetura chã,Arquitetura Religiosa,Açores,Fachadas,Sistematização Tipológica