João Cruz é arquitecto e investigador, actualmente doutorando em Estudos Urbanos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-NOVA), e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, tendo sido aprovado o seu projecto de tese — intitulado «O contributo da teoria muratoriana para um território em crise. Estudos para uma história operativa de Lisboa» —, com a classificação de 19 valores, a mais alta classificação atribuída no âmbito desta avaliação.
Formado pela Universidade de Évora, concluiu o Mestrado Integrado em Arquitectura com a classificação máxima (20 valores) com a dissertação «A cidade e o rio: origem e evolução da frente ribeirinha de Lisboa». Esta investigação, que articulou cartografia histórica, análise morfológica e desenho como instrumento de leitura do território, revelou a sua vocação para o cruzamento entre teoria, crítica e prática urbana. O trabalho teve amplo reconhecimento: foi publicado na revista «ROSSIO – Estudos de Lisboa» (2016), apresentado no «VI Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica» e integrado nas respectivas actas (FLUP, 2016), constituindo o ponto de partida para uma linha de investigação contínua centrada na história operativa da cidade.
Ao longo do seu percurso académico, foi distinguido com o 1.o lugar no Workshop Internacional «Fortified Places in the Bay of Cadiz» (ERASMUS IP) e com o 3.o lugar no concurso internacional «VHOM — Vienna House of Music», em co-autoria com Ana Isabel Loureiro.
Paralelamente, desenvolveu experiência docente. Entre 2011 e 2013 foi monitor das unidades curriculares de Projecto I, II e III do Mestrado Integrado em Arquitectura da Universidade de Évora e em 2022 foi convidado pelo arquitecto Paulo David a apresentar a sua investigação no Estúdio Vertical do Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa.
No campo profissional, colaborou com João Luís Carrilho da Graça (2015-2021), sendo responsável por conteúdos críticos da exposição «Carrilho da Graça: Lisboa» (CCB, 2015), e integrando a equipa responsável pela organização do acervo do arquitecto para a retrospectiva «Flashback / Carrilho da Graça», apresentada na Casa da Arquitectura (2022). Desde 2021, integra a equipa do atelier Frederico Valsassina Arquitectos.
A sua investigação tem vindo a ganhar expressão internacional. Em 2023 apresentou a comunicação «Lisbon Waterfront: feeling the history through architecture drawings» (Universidade de Mântua, PoliMI) e em 2024 o trabalho «The city and the river: origin and evolution of Lisbon’s waterfront» foi seleccionado para o programa DocTalks x MoMA (2024), promovido pelo Museum of Modern Art de Nova Iorque.
Recentemente, publicou o artigo «Food as territory: gathering, production and distribution of food in the typo-morphological research of Saverio Muratori», em co-autoria com Marta Sequeira, na editora Routledge, com indexação Scopus.
English