Projetos de Investigação
Remuneração de executivos na banca no contexto da crise financeira
A crise financeira veio colocar a banca no centro das atenções de académicos, banqueiros, políticos e particularmente dos contribuintes. O papel dos bancos no desenvolvimento da economia e como garante do normal funcionamento dos mercados é bem reconhecido; não obstante, a crise financeira veio evidenciar a existência de assuntos relacionados com a remuneração ainda por resolver. O estudo dos problemas de agência na banca tem particular interesse. Tal como qualquer outra empresa, os bancos acedem ao mercado de capitais para se financiarem e pagam dividendos aos seus acionistas, estando assim sujeitos às pressões do mercado. Porém, além destas forças externas, os bancos estão confrontados com pressões regulatórias que podem interferir com o funcionamento do mercado (agência e mecanismos de sinalização) na obtenção de capital e no pagamento de bónus e dividendos. As pressões exercidas pelos reguladores e supervisores podem determinar o grau de normalidade no funcionamento dos mercados. Assim, além dos problemas de agência específicos da banca, a crise financeira (e a legislação que tem sido publicada) proporciona um terreno natural e único de análise destas questões. No projeto anterior, “Banca: Globalização, Governação e Regulação” (classificado “Excelente” pela FCT), a equipa investigou os seguintes temas da governança e da remuneração: (i) relação remuneração-desempenho na banca; (ii) binómio risco- remuneração na indústria bancária; (iii) relação entre ações detidas pelos gestores e risco, valor e desempenho na banca; (iv) relação entre diversidade do conselho de administração (medida da independência do conselho) e risco e desempenho. Após a conclusão bem-sucedida do anterior projeto (o trabalho foi publicado no Journal of Corporate Finance, Review of Accounting Studies e Journal of International Money & Finance, entre outras revistas), a equipa propõe-se continuar a contribuir para a literatura no domínio dos problemas de agência na banca, em particular o...
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2016-06-01
2019-11-30
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Globalização, Governação e Regulação na Banca
A banca está a atrair a atenção de académicos e decisores, particularmente no âmbito da actual crise financeira. Trata-se provavelmente de uma das áreas de investigação que maior crescimento tem registado. Embora o papel dos bancos como garantes do funcionamento adequado dos mercados e do crescimento económico futuro esteja bem patente, a crise actual revela que ainda subsistem diversas questões por resolver, nomeadamente no que se refere à banca multinacional, governação e regulação, que o nosso projecto pretende esclarecer. O investimento directo estrangeiro (IDE) reveste-se da maior relevância para os bancos, atendendo aos benefícios da internalização do conhecimento além fronteiras, nomeadamente no conhecimento específico dos clientes, competências de gestão, know how técnico e marketing. Do ponto de vista da regulação, reveste-se de interesse ao nível local, dada a influência do IDE no funcionamento dos mercados bancários domésticos (desenvolvimento, oferta de crédito a empresas locais, principalmente às pequenas e médias empresas), mas igualmente a uma escala global, atendendo às dificuldades de supervisão que implicam o recrudescimento do risco sistémico global. O nosso projecto visa contribuir para o esclarecimento de três pontos relacionados com a banca multinacional (MNB): (a) em que medida a diversificação geográfica cria valor para os accionistas,i.e. até que ponto se revela vantajoso desenvolver a actividade bancária a nível multinacional, (b) se os bancos estão a internalizar somente conhecimento específico sobre os clientes (na agenda da investigação clássica) ou se estão igualmente a internalizar conhecimento baseado no know how técnico e nas capacidades de gestão,(c) como estão os MNB a utilizar os seus mercados internos para tirarem partido das oportunidades locais. Outro aspecto incluído no nosso projecto é a governação dos bancos terá alegadamente precipitado a crise financeira. Acresce que a natureza da actividade bancária cria incentivos de ges...
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2011-02-01
2014-07-31
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Corporate Governance in Medium Income Countries: The Case of Portugal
Recentemente o tema de governação das empresas tem atraído muita atenção, com destaque para a remuneração dos executivos (Jensen et al. 2004), controlo das sociedades (Dyck e Zingales, 2004) e takeovers hostis (Franks e Mayer, 1994). Esta nova corrente da literatura empírica está alicerçada em duas fortes explicações relacionadas com a estrutura e o controlo da firma – teoria dos custos de agência e transacção. Contudo, tem havido uma concentração excessiva num determinado tipo de instituição - a empresa cotada na bolsa, geralmente com origem em países de expressão inglesa ou de “direito comum”. Esta tendência de pesquisa poderá ser justificada quer pela atenção teórica dada à separação da propriedade e controle quer pela disponibilidade de informação das empresas que estão sujeitas à fiscalização obrigatória dos auditores. Uma nova corrente de investigação tem vindo a reforçar a importância de outras instituições, como as familiares. Anderson e Reed (2003) concluíram que as empresas familiares americanas obtiveram, sistematicamente, melhores resultados que as empresas públicas. La Porta et al. (1999) sublinharam a necessidade de um melhor conhecimento das questões de propriedade em todo o mundo. Uma terceira lacuna da investigação respeita o estudo de níveis de gestão intermédios como foi sublinhado por Ortin-Angel e Salas-Fumas (1998). Este projecto procura contribuir para colmatar as lacunas encontradas na literatura empírica da governação empresarial. O caso Português, sendo de origem não saxónica e com uma economia de rendimento médio, com forte predominância de empresas familiares e do sector de serviços, é de particular interesse e com potencial para extrapolação para economias semelhantes, não sendo a comparação com países anglo-saxónicos negligenciada. Este estudo deverá incluir os seguintes quatro subtópicos: - Remuneração dos executivos nas empresas portuguesas. Tencionamos estudar a implicação de variáveis específicas da firma tais como: ...
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2007-09-03
2011-05-02
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