Nos últimos anos, o conceito de ‘desertos alimentares’ tem ganho destaque no debate sobre a sustentabilidade urbana. Estes são locais onde o acesso a alimentos frescos e saudáveis obriga a utilizar o automóvel, geralmente devido à falta de mercados, hortas ou infraestruturas adequadas nas proximidades. Este é um fenómeno que afeta muitas zonas urbanas, particularmente nas periferias das grandes cidades, tornando a luta contra os desertos alimentares num desafio urgente para os urbanistas e as comunidades. Teresa Marat-Mendes, professora e investigadora integrada do Dinâmia'CET - Iscte, na Revista Sustentável

Teresa Marat-Mendes, investigadora do DINãMIA'CET-Iscte, identifica duas cidades europeias como bons exemplos a seguir, com destaque para a capital belga.

As cidades têm um papel fundamental a desempenhar na resposta ao desafio climático”, diz o relatório “O Futuro das Cidades”.Sustentabilidade é pilar fundamental da cidade do futuro, defende Teresa Marat-Mendes.

O urbanismo também assume um papel essencial, pelo poder de transformar cidades em ambientes mais habitáveis. Mas, para isso, “não nos podemos limitar a espalhar uns pozinhos verdes e a dar umas pinceladas aqui e ali para os planos ficarem mais bonitos”, avisa a especialista em urbanismo ecológico Teresa-Marat Mendes. “Quando planeamos as cidades do futuro é imperativo dar importância às estratégias verdes no território, à alimentação e aos recursos naturais, senão as pessoas – e os governantes – esquecem-se do que realmente importa”, diz à S_Cities a investigadora do DINÂMIA'CET-Iscte - Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território.