Ciência_Iscte
Publications
Publication Detailed Description
A Disputa do Cometa: Matemática e Filosofia na controvérsia entre Manuel Bocarro Francês e Mendo Pacheco de Brito acerca do cometa de 1618
Journal Title
Revista Brasileira de História da Matemática
Year (definitive publication)
2004
Language
Portuguese
Country
Brazil
More Information
Web of Science®
This publication is not indexed in Web of Science®
Scopus
This publication is not indexed in Scopus
Google Scholar
This publication is not indexed in Google Scholar
This publication is not indexed in Overton
Abstract
É reconhecida há muito a importância que as observações de cometas tiveram no debate
cosmológico na época do Renascimento e inícios da Idade Moderna. De uma forma geral,
defende-se que o recurso crescente a técnicas matemáticas na observação astronômica de
cometas –em particular, a técnica da paralaxe – pôs à disposição novos dados que foram
decisivos para a defesa de modelos cosmológicos alternativos inspirados no resurgimento
renascentista das filosofias neoplatonica e estóica, contribuindo, deste modo, para a recusa
da cosmovisão aristotélica. Contudo, estudos de caso têm demonstrado a capacidade do
Aristotelismo renascentista em conviver de forma convincente com as “novas” evidências
astronômicas e seus argumentos matemáticos. Neste artigo pretende-se demonstrar o
importante papel que os diferentes sistemas filosóficos tiveram no debate matemático sobre
cometas. Ele centra-se na controvérsia sobre o cometa de 1618 em Portugal e, em
particular, na polêmica que opôs, de forma impetuosa, os matemáticos portugueses Manuel
Bocarro Francês e Mendo Pacheco de Brito. Apesar de ambos estarem de acordo sobre a
importância da matemática no estudo da cosmologia, Bocarro Francês e Pacheco de Brito
defendiam posições bem diferentes no que toca à cosmologia, demonstrando, desta forma, a
diversidade e a heterogeneidade que caracterizava o meio intelectual português.
Acknowledgements
--
Keywords
História da Astronomia,Cosmologia,Portugal – século XVII
Português