Artigo sem avaliação científica Q2
Brasil e África: Uma nova encruzilhada
Pedro Seabra (Seabra, Pedro);
Título Revista
Iberoamericana
Ano (publicação definitiva)
2017
Língua
Português
País
Alemanha
Mais Informação
Web of Science®

N.º de citações: 1

(Última verificação: 2024-12-21 00:27)

Ver o registo na Web of Science®

Scopus

N.º de citações: 1

(Última verificação: 2024-12-15 16:51)

Ver o registo na Scopus


: 1.4
Google Scholar

N.º de citações: 0

(Última verificação: 2024-12-17 11:11)

Ver o registo no Google Scholar

Abstract/Resumo
Por entre a lista de sucessos e conquistas que a política externa brasileira tende a reclamar como resultado dos governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), é frequente encontrar o restabelecimento de laços prolíficos com África em lugar de amplo destaque. Após um interregno temporal considerável, a aposta nas relações Sul-Sul com África, de forma crescente, entre 2003 e 2016, acabou por representar um feito notável no plano externo. Subitamente, o Brasil passou a apresentar-se como um ator incontornável em discussões-chave para África, quer fossem sobre energia, cooperação para o desenvolvimento, governança internacional, comércio ou agricultura, ao mesmo tempo que era percepcionado como um exemplo de potência emergente em clara demanda. Do ponto de vista de vários países africanos, estimular e manter relações produtivas com o Brasil era por isso entendido como uma decisão acertada por entre um contexto internacional em rápida mudança, que parecia abrir cada vez mais espaço para novas soluções e novos intervenientes. No entanto, num curto espaço de tempo, esta breve avaliação inverteu-se diametralmente na medida em que a própria narrativa que sustentou o engajamento do Brasil com África nos últimos anos começou também ela a ser posta em causa. Com efeito, falar de Brasil e África na atualidade implica abordar um conjunto de expetativas em risco de saírem defraudadas e uma nova retração generalizada, alimentada quer pelas sucessivas descobertas sobre o comportamento das principais empresas privadas e lideranças políticas brasileiras, quer pela crise económica que o país ainda experiencia. Torna-se, por isso, legítimo repensar os pressupostos que fomentaram um engajamento que sempre aparentou ser tão natural quanto inevitável e sustentável. Uma simples derivação de um ditado popular poderá se revelar particularmente ilustrativa nesse sentido: ‘diz-me quanto pagas, com quem te alias, e quem proteges, e dir-te-ei quem és’.
Agradecimentos/Acknowledgements
--
Palavras-chave
Brasil,África,Política Externa
  • Ciências Políticas - Ciências Sociais

Com o objetivo de aumentar a investigação direcionada para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030 das Nações Unidas, é disponibilizada no Ciência-IUL a possibilidade de associação, quando aplicável, dos artigos científicos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Estes são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável identificados pelo(s) autor(es) para esta publicação. Para uma informação detalhada dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, clique aqui.