Lançado presencialmente nos dias 18 e 19 de junho de 2024 no Iscte - Conhecimento e Inovação, Portugal, o projeto RETIME irá apoiar diferentes partes interessadas (stakeholders) e decisores na adoção de estratégias de reação atempada a riscos naturais, como tempestades severas, inundações repentinas, incêndios e ondas de calor e frio.
Coordenado pelo ISTAR-Iscte, o projeto RETIME é financiado pela União Europeia em cerca de 5 milhões de euros. Reúne 18 parceiros de 8 países europeus, incluindo universidades, centros de investigação, PMEs, organizações sem fins lucrativos e autoridades públicas. Este projeto europeu, com a duração de quatro anos, deverá decorrer até abril de 2028.
A sessão de boas-vindas da reunião de arranque presencial, no dia 18 de junho de 2024, contou com a presença de Filipa Roseta, Vereadora do Pelouro da Habitação, Desenvolvimento Local e Obras Públicas da Câmara Municipal de Lisboa e do Vice-Reitor do Iscte para a Investigação e Modernização Tecnológica, Professor Catedrático Jorge Costa.
O consórcio visitou o local piloto de Lisboa, o Bairro da Boavista, guiado por um representante da GEBALIS (Gestão do Arrendamento Habitacional do Município de Lisboa) e também a Sede da Proteção Civil de Lisboa, com demonstração dos Dashboards da Proteção Civil de Lisboa, do Enquadramento na plataforma de gestão e Sistema de Informação Lisboa Inteligente e do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.
Ao integrar metodologias participativas com uma abordagem orientada para os dados, o projeto RETIME caracterizará grupos vulneráveis e pontos críticos, reforçará a resiliência dos edifícios, apresentará planos de adaptação específicos para cada contexto e aumentará a sensibilização do público para as catástrofes naturais e induzidas pelo homem e os seus impactos.
o projeto RETIME repensa as estratégias de adaptação urbana e compromete-se a testar soluções em três áreas-piloto para antecipar e reagir a fenómenos extremos, sem deixar ninguém para trás.
o projeto RETIME introduzirá uma ferramenta baseada em dados para agregar dados existentes de estações meteorológicas, redes de sensores e imagens de satélite, combinada com levantamentos automatizados no local que integram modelos 3D e simulam os impactos de fenómenos actuais e projecções futuras. O RETIME desenvolverá quatro soluções digitais de adaptação para reduzir os riscos em áreas urbanas: 1) um sistema automatizado de tecnologias de informação de alerta baseado em sensores, 2) um Digital Building Twin, 3) um Decentralised-Ledger Building Renovation Passport, 4) uma plataforma de apoio à decisão Resilience Knowledge Hub.
Estas soluções serão concebidas e testadas em três zonas-piloto: Lisboa (Portugal), Žilina (Eslováquia) e Tartu (Estónia), fornecendo orientações e ferramentas para a sua expansão e adaptação a outras áreas urbanas europeias.
"O projeto RETIME adopta uma abordagem centrada nas pessoas e contextualizada no local que nos permitirá desenvolver ferramentas inovadoras, fornecer sistemas de alertas atempados às partes interessadas relevantes, recomendar estratégias de melhoria da resiliência dos edifícios e de minimização do impacto de futuras catástrofes", afirmou a Professora Associada Catarina Ferreira da Silva, Coordenadora Global do RETIME. "Espera-se que os resultados deste projeto forneçam soluções que melhorem a eficiência e a independência energética, e a transição para edifícios com emissões zero, contribuindo para reduzir os impactos ambientais."
O projeto RETIME destina-se a habitantes vulneráveis, governos locais, planeadores urbanos, proprietários de edifícios e outras partes interessadas nas questões urbanas envolvidas na resiliência e mitigação dos efeitos de fenómenos extremos. O projeto RETIME fornece a estes grupos ferramentas de adaptação eficazes e conhecimentos abrangentes. Em última análise, o RETIME visa beneficiar as populações urbanas, com especial atenção para os diversos grupos vulneráveis que são mais susceptíveis aos impactos de eventos relacionados com o clima.