Comunicação em evento científico
A utilização da Internet pelos sindicatos dos professores – o caso do Twitter
Paulo Alves (Marques Alves, P.);
Título Evento
XI Congresso Português de Sociologia. Identidades ao Rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo Efervescente
Ano (publicação definitiva)
2021
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
A generalidade dos movimentos sindicais enfrenta uma profunda crise desde a década de 70, a qual se manifesta num refluxo dos efetivos e numa perda de influência social e política. As causas são múltiplas, nelas se mesclando fatores exógenos ao sindicalismo com outros que lhe são endógenos, relativos à sua burocratização e oligarquização. Tentando ultrapassar estes tempos difíceis (Chaison, 1996), os sindicatos têm vindo a implementar diversas ações, entre as quais se conta a adoção da Internet. De acordo com o Ad-Hoc Committee on Labor and the Web (1999) ou com Pinnock (2005), as organizações sindicais só muito tardiamente reconheceram o potencial desta tecnologia, mas as vantagens competitivas que oferece, baseadas na rapidez e na flexibilidade, impeliram-nas a usá-la, pelo que um pouco por todo o mundo foi feito um investimento significativo neste domínio, tendo alguns autores, imbuídos de um profundo otimismo, chegado a prognosticar no início do século atual que o uso da Internet estaria a contribuir para uma transformação qualitativa das estruturas sindicais, conduzindo à emergência de novas formas organizativas. Designações como e-union (Darlington, 2000) ou cyberunion (Shostak, 1999, 2002) davam conta dessa mudança, que tenderia a aprofundar-se com o surgimento da Web 2.0. Nesta comunicação pretendemos analisar o modo como os sindicatos dos professores estão a utilizar as redes sociais online, dando particular enfoque à sua presença no Twitter. Com esse objetivo, analisámos as suas contas oficiais nesta plataforma, quer em termos do conteúdo expresso nos tweets, quer do alcance destes (número de seguidores e volume de interações). Num contexto de profunda fragmentação do sindicalismo docente, concluímos em primeiro lugar que o Twitter é utlizado de uma forma muito limitada, desde logo porque são poucos os sindicatos nele presentes atualmente. Este facto está em consonância com a sua limitada difusão em Portugal. Efetivamente, segundo dados da Marktest (2017), neste ano somente 22,4% dos portugueses tinham um perfil nesta rede, contra 95,5% no Facebook. Restrito, ou mesmo muito restrito, é igualmente o alcance das mensagens produzidas, dado o escasso número de seguidores. E a interatividade é extremamente reduzida, em muitos casos mesmo nula. Por outro lado, o conteúdo das mensagens está de acordo com a forma tradicional de comunicação de cada sindicato (alguns utilizam-no principalmente para mobilização; outros basicamente para informação), servindo o Twitter como mais um canal – ainda que fortemente subutilizado – de divulgação dos pontos de vista oficiais das organizações. Deste modo, verifica-se uma tendência para uma convergência no sentido de que o uso que é feito do Twitter não muda a forma como os sindicatos atuam na Internet, o que não contribui para a sua revitalização.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Sindicatos,crise,revitalização,Twitter
  • Sociologia - Ciências Sociais

Com o objetivo de aumentar a investigação direcionada para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030 das Nações Unidas, é disponibilizada no Ciência-IUL a possibilidade de associação, quando aplicável, dos artigos científicos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Estes são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável identificados pelo(s) autor(es) para esta publicação. Para uma informação detalhada dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, clique aqui.