Proponho pensar, literalmente em voz alta porventura impressionista, a propósito do potencial de certas ficções imagéticas produzidas a partir de confrontos ideológicos entre posicionamentos políticos em disputa na contemporaneidade. Simplificando, quero pensar um conjunto de imagens itinerantes distribuídas na esfera pública, comprimidas, reproduzidas, rasgadas, remixadas, copiadas e coladas noutros canais de distribuição, produzidas por narrativas contemporâneas de extrema-direita, populistas, nacionalistas e conservadoras (e seus contrapontos ou reações progressistas). E tendo como contexto de circulação dessas imagens – eu diria mesmo de produção - as redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram) e alguns canais mediáticos mainstream.

Agradecimentos aos colegas do Prémio Pierre Verger, Comissão de Antropologia Visual da Associação Brasileira de Antropologia, em particular à sua presidenta Vi Grunvald

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