Capítulo de livro
Bairros de Lisboa a três vozes: Conceitos e práticas em antropologia e etnografia urbanas
Graça Índias Cordeiro (Cordeiro, G. I.); Rita Ávila Cachado (Cachado, R.); Patrícia Pereira (Pereira, P.);
Título Livro
Urbanidades em movimento: Etnografias do cotidiano em diferentes escalas de cidades
Ano (publicação definitiva)
2024
Língua
Português
País
Brasil
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Abstract/Resumo
Quando pensamos em Lisboa como uma cidade de bairros, pensamos, em primeiro lugar, em certos bairros, aqueles que hoje se designam por históricos e/ou populares. Bairros que simbolizam, na sua modéstia, esta pequena metrópole (embora grande, à escala do pequeno país onde se situa) e que se associam, simbioticamente, com alguns traços distintivos da sua urbanidade particular: a sua situação ribeirinha, a sua topografia acidentada, o seu hinterland hortícola, as festas anuais de Santo António, o fado, a sua vida de rua… Tais elementos são hoje reforçados por uma turistificação desregulada que tem acentuado o processo de gentrificação e que tem transformado a vida social destes bairros nas últimas décadas.. Do ponto de vista representacional, estes bairros participam de um complexo processo de construção cultural do popular urbano lisboeta que teve lugar ao longo do século XX, estabelecendo associações de imagens e significados cruzados entre certos bairros (Alfama, Madragoa, Castelo, Mouraria, Alcântara, Bica, Bairro Alto) certas atividades profissionais (varinas, pescadores, aguadeiros, criadas, lavadeiras, marinheiros, fadistas) certas performances festivas e lúdicas (bailes, arraiais, desfiles, jogos e concursos) e certas sonoridades (fado, marcha, danças). Tais elementos, em conjunto, são parte integrante de um certo imaginário urbano, popular e histórico, que faz parte da identidade mais visível de Lisboa, enraizada na sua história local.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Lisboa,Antropologia urbana,Displacement,Fronteiras,Bairro