Integrada na estratégia de atração turística das cidades está a realização de eventos gratuitos de massas nos espaços públicos, como por exemplo espetáculos de música, fogo de artifício ou projeções de narrativas animadas. A escolha do espaço público adequado para cada um destes eventos leva geralmente em conta a afluência esperada, o enquadramento cénico, as condições acústicas ou as acessibilidades. Contudo, é fundamental uma análise do risco baseada na capacidade de carga e no tempo de evacuação do espaço público, para o planeamento da alocação (e desmobilização) do efetivo policial responsável pela segurança dos eventos, das equipas de emergência médica e das equipas de limpeza urbana. Este artigo avalia o risco para a realização de eventos em três espaços públicos da cidade de Lisboa, com capacidades de carga semelhantes (Praça do Comércio, Marquês do Pombal e lado leste da Alameda Afonso Henriques), com base no tempo de evacuação. A capacidade de carga é calculada de forma semiautomática com base em cartografia digital de acesso aberto e o tempo de evacuação é computado com base num modelo analítico adequado para situações de pânico. São considerados 2 cenários limite de carga máxima, um com distanciamento normal e outro com o distanciamento recomendado durante a pandemia Covid-19.

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