Os padrões de casamento foram, desde sempre, importantes instrumentos de gestão e reprodução do património, relacionando-se directamente com os sistemas de herança. Elevadas proporções de celibato definitivo e um casamento mais tardio, que reduzia o período fértil das mulheres, constituiam formas de diminuir o número de filhos e de potenciais herdeiros, assegurando-se a concentração do património. No entanto, tanto o acesso ao matrimónio, como a sua intensidade, registava inúmeras variantes dentro do célebre European marriage pattern (STONE 1990, 37-51; HAJNAL 1965). Por outro lado a condição económica dos indivíduos constituía um factor determinante para a acessibilidade matrimonial, perspectivando-se comportamentos muito díspares em função dos diversos grupos sociais intervenientes (REHER 1996, 260-266).

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