A regulação emocional, definida como “um processo intrínseco e extrínseco responsável por monitorizar, avaliar e modificar as reações emocionais, em especial, a sua intensidade e características temporais, com o fim de alcançar objetivos pessoais” (Thompson, 1994, pp. 27-28), assume, durante os anos pré-escolares, particular importância. Crianças mais competentes na regulação das emoções mostram níveis mais elevados de competência social e aceitação social (Kim & Cicchetti, 2010) e menos problemas de comportamento (Cole, Zahn-Waxler, Fox, Usher, & Welsh, 1996). Neste sentido, um dos objetivos do projeto, que serve de base ao presente trabalho, será testar o efeito mediador da regulação emocional na relação entre fatores do contexto familiar (i.e., sensibilidade materna e acumulação de fatores de risco na família) e as competências sociais, os problemas de comportamento e a aceitação social das crianças em contextos pré-escolares. Para esse efeito, recolhemos dados em 59 salas de jardim de infância da Grande Lisboa, num total de 350 crianças, entre os 4 e 6 anos, e 350 mães (das respetivas crianças). Em particular, no presente trabalho, daremos destaque aos instrumentos utilizados pela equipa para avaliar a regulação emocional das crianças em contexto pré-escolar: Preschool Self-Regulation Assessment (PSRA; Smith-Donald, Raver, Hayes, & Richardson, 2007) e Emotion Regulation Checklist (ERC; Shields & Cicchetti, 1995, 1997).

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