Comunicação em evento científico
Mulheres nas autarquias portuguesas: o longo caminho para uma paridade ainda longínqua
Maria Antónia Pires de Almeida (Almeida, Maria Antónia);
Título Evento
Mulheres, Mundos do Trabalho e Cidadania. Diferentes Olhares, Outras Perspetivas
Ano (publicação definitiva)
2018
Língua
Português
País
Portugal
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Abstract/Resumo
A revolução de 25 de abril de 1974 introduziu um processo de democratização que alterou a participação das mulheres na política portuguesa. Introduziu a igualdade de género a nível de direitos de cidadania, e também a nível político, tanto na qualidade de eleitores como de representantes eleitos. A partir de uma perspetiva histórica, esta comunicação oferece uma resenha da legislação e uma avaliação sociológica da classe política portuguesa com o objetivo de abordar a questão do género. Centrando-se no poder local entre 1974 e 2017, analisa a participação ativa das mulheres nas primeiras comissões administrativas nomeadas em 1974 e que funcionaram até às primeiras eleições autárquicas que se realizaram a 12 de dezembro de 1976, a que se seguiram eleições regulares primeiro com intervalos de três anos e, a partir de 1989, de quatro. Apesar de o regime democrático já ter ultrapassado as quatro décadas de existência, a realidade é que ainda se verifica uma sub-representação das mulheres nos cargos de representação política em Portugal. Em todos os níveis de governo avaliados, e em conformidade com as tendências demográficas, as mulheres têm níveis mais altos de escolaridade e profissões com maior grau de especialização, especialmente nas áreas do ensino e da gestão. Os partidos mais à esquerda apresentam maior equidade de género. Discutem-se novas formas de participação política e de cidadania a nível local, como as candidaturas de grupos de cidadãos eleitores, e alguns incentivos a uma maior participação dos cidadãos na vida autárquica, nos quais a presença das mulheres tende a assumir relevância crescente. Em 2006 foi aprovada a Lei da Paridade (Lei nº 3/2006 de 21 de agosto), que obrigou a um mínimo de 33% para cada género nas listas partidárias de candidatos, a qual foi pela primeira vez aplicada nas eleições legislativas e autárquicas de 2009. Não há dúvida que esta lei produziu resultados imediatos, pelo menos na eleição de mulheres deputadas: na Assembleia da República a percentagem de mulheres subiu de 21,3% em 2005 para 27,4% em 2009 e chegou aos 33% em 2015. Já nas presidências das câmaras o aumento foi apenas de 6,2% em 2005 para 7,5% em 2009 e 10,4% em 2017. Conjugando os temas do género e democratização e as políticas para as mulheres e mulheres na política, apresentam-se os resultados das eleições autárquicas de 2017 e discutem-se as posições das mulheres nas listas para as câmaras municipais, em comparação com os outros níveis do poder político.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
mulheres,presidentes de câmara,vereadoras,paridade
  • Ciências Políticas - Ciências Sociais

Com o objetivo de aumentar a investigação direcionada para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030 das Nações Unidas, é disponibilizada no Ciência-IUL a possibilidade de associação, quando aplicável, dos artigos científicos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Estes são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável identificados pelo(s) autor(es) para esta publicação. Para uma informação detalhada dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, clique aqui.