As tecnologias digitais de saúde (TDS) trazem múltiplos benefícios para utentes e profissionais, existindo, em Portugal, uma oferta diversificada de ferramentas e serviços que recorrem à utilização das mesmas. Para perceber se esta oferta é acessível para todos e se acomoda as necessidades de pessoas com diferentes níveis de adoção tecnológica, é necessário mapear os padrões de utilização das TDS existentes e relaciona-los com indicadores de saúde e de utilização de Internet. O presente estudo pretende dar resposta a esta necessidade, analisando descritivamente os dados referentes à marcação e realização de consulta online, utilização de receita eletrónica e consulta do site da Direção-Geral da Saúde, recolhidos numa amostra de 385 pessoas. Os resultados demonstram que a utilização de serviços online é ainda pouco expressiva, registando-se diferenças significativas nos padrões de consulta do site da Direção-Geral da Saúde em pessoas de diferentes sexos, idades e escolaridades, e nos padrões de utilização de receita eletrónica em pessoas de diferentes idades. Indicam também que a utilização dos serviços online não depende dos indicadores de saúde e de utilização de Internet. Face ao exposto, conclui-se que a utilização de TDS é ainda pouco difundida, o que limita o acesso aos benefícios dela decorrentes.

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Transformação digital,Tecnologias digitais da saúde,Padrões de utilização,Desigualdades na saúde,Estudo descritivo

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