Diante da crescente relevância das práticas artístico-culturais da juventude de territórios segregados, diferentes organismos do Estado passaram a incentivar que artistas e lideranças comunitárias se tornassem parceiros de uma nova geração de políticas públicas mais participativas e inclusivas. Este é o caso do Programa Escolhas e de um conjunto de intervenções institucionalizadas de street art em Portugal, em que a criatividade dos jovens é frequentemente mobilizada como dispositivo de agenciamento e governança das margens urbanas. A presente comunicação pretende enquadrar algumas dessas políticas públicas, realçando a importância do método etnográfico para se ir além da perspetiva institucional. Incorporar a experiência vivida dos sujeitos através de etnografias detalhadas é condição sine qua non para se compreender a implementação das políticas públicas “a partir de baixo”, avaliando os seus impactos nos espaços quotidianos.

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Políticas públicas,etnografia,metodologia,criatividade,inclusão social,segregação

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