Sabemos que as prisões servem para fechar, retirar de circulação da vida comum, quem pela sua conduta demonstrou não ter direito a viver em liberdade. Contudo, apesar de ser apresentado como uma forma humanista de punição, assente na disciplina e na reabilitação do indivíduo, o actual modelo carcerário-punitivo suscita cada vez mais questionamentos. Existem hoje, em Portugal, 49 estabelecimentos prisionais, com graus de complexidade de gestão elevado e médio, ocupados por quase 12 mil pessoas, com uma percentagem de mulheres inferior a 5%. Ao longo de dois anos, a autora deste livro visitou parte deles, para compor a presente descrição e análise de uma realidade pouco conhecida e até escamoteada. Para que servem de facto as prisões? Como se caracterizam estes espaços, as pessoas que os ocupam e o seu quotidiano? Eis o retrato imprescindível de um pequeno mundo fechado à força dentro de si mesmo.

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• Ciências Físicas - Ciências Naturais

Esta publicação está associada ao(s) registo(s) de referências nos media seguinte(s):

• Degradação das prisões (CNN)
•  Onde falha um sistema prisional que permite fugas? (Observador)