A crise provocada pela pandemia COVID-19 veio evidenciar as caraterísticas do trabalho independente quanto à precariedade e à falta de proteção social dos rendimentos, à urgência das medidas de apoio social e à regulação da profissão. Evidenciou igualmente as lacunas de conhecimento nas estatísticas do emprego e nos estudos sobre os mundos artísticos e culturais. Como tem sido salientado por diversos agentes e entidades do sector, sabemos muito pouco sobre a estrutura desse universo em Portugal, em várias dimensões sociológicas relevantes, sobre as áreas e as funções e respetivas caraterísticas sociais, profissionais e laborais dos que que constituem os diversos mundos artísticos e culturais – criadores, artistas e intérpretes, técnicos, pessoal de suporte. Sem esquecer justamente os impactos da covid-19 nestes mundos. É neste contexto que o Observatório Português das Atividades Culturais leva a cabo o Inquérito aos profissionais independentes das Artes e da cultura, um dos módulos de um estudo mais vasto – Estudo sobre o Sector Artístico e Cultural - que por sua vez resulta de uma parceria institucional entre a DGARTES e o ISCTE. Este inquérito privilegiou uma metodologia de natureza quantitativa, com recurso a um inquérito por questionário, online, autopreenchido, com uma amostra por bola de neve, ainda num contexto de grave crise pela covid-19, aplicado em outubro de 2020. Nesta comunicação apresentamos os resultados deste inquérito quanto aos perfis sociais e laborais por área artística e cultural e por função. Avançamos também resultados quanto ao impacto da covid-19 nestes profissionais.

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Esta publicação é um output do(s) seguinte(s) projeto(s):

• Estudo Sector Artístico e Cultural em Portugal
• Observatório Português das Atividades Culturais