O arquiteto português Álvaro Siza (1933) formou-se na “escola do Porto” entre 1949-1965. Em 1966, inicia carreira de docente na escola. Desempenharia um papel fundamental na reputação da escola e testemunhou, como aluno e como educador, mudanças cruciais no ensino da arquitetura. Formou-se na transição do sistema “beaux-arts” para a forma “moderna” de ensino da arquitetura e, mais tarde, como docente, participou da passagem de escola a faculdade. Como professor e como projetista, foi um exemplo. Envolveu-se ativamente na luta e no debate pela autonomia curricular, pedagógica e disciplinar, da “escola” e da arquitetura. Em momentos-chave, deixou testemunho de posições desassombradas. Com a passagem de escola para faculdade desenharia, já em um período de grande reconhecimento internacional, as novas instalações, da agora Faculdade de Arquitetura, coroando um período de intenso envolvimento com a “escola”. Este artigo refaz o período de maior envolvimento de Siza na “escola do Porto”, entre 1966 e 1990, permitindo entender a sua participação na construção do projeto pedagógico da escola, assim como a sua posição e sua prática perante o ensino da arquitetura.

A Álvaro Siza pela entrevista de Janeiro de 2020 e a Domingos Tavares a conversa de Novembro de 2020, a Raquel Paulino, Carlos Martins, José António Bandeirinha, Jorge Figueira e Gonçalo do Canto Moniz pelas pistas, informação e cl

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