O Estado Novo reconhece finalmente a dramática crise de alojamento na capital, depois de denúncias, mais técnicas ou mais caridosas, feitas por inquéritos, pelo planeamento urbano e por instituições de assistência social. À CML competem os estudos e planos de urbanização, a expropriação dos terrenos e a criação dum gabinete para executar estas tarefas. Estamos em 1959, extingue-se o GEU e surge o Gabinete Técnico da Habitação (GTH). Embora o nome enfatizasse o seu carácter técnico, o GTH vai deixar em Lisboa uma inconfundível marca de modernidade, diferenciada pela experimentação, a diferença, a afirmação de formas imaginativas que, por isso, serão muitas vezes mal compreendidas. Mas que ambicionaram, duma forma vertiginosamente diferente da idealizada pelo regime, transformar a sociedade e a imagem da cidade como a conhecemos.

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