A adoção da digitalização, da inovação e das novas tecnologias no sector do turismo depende da disponibilidade de ferramentas de turismo inteligentes (STT). Essas ferramentas podem facilitar a otimização da eficiência e da sustentabilidade nas operações turísticas. Além disso, o conhecimento de iniciativas anteriores no domínio do turismo inteligente pode catalisar a referida adoção. O objetivo do projeto EUROSTIT é desenvolver um observatório abrangente que forneça uma visão geral das várias ferramentas e iniciativas de turismo inteligente atualmente disponíveis na Europa. Um conjunto de catálogos publicados foi utilizado como fonte de conteúdos de arranque para uma versão protótipo no contexto do projeto europeu RESETTING, que antecedeu a presente proposta de projeto. O protótipo é deficiente em termos de funcionalidade de pesquisa avançada e fácil de utilizar e de classificação de conteúdos. A multiplicidade de soluções tecnológicas, juntamente com a riqueza de experiências passadas e de lições aprendidas, exige uma abordagem meticulosa e metódica para identificar as soluções tecnológicas óptimas e os princípios subjacentes que devem ser respeitados para alcançar os resultados desejados. Será utilizada uma taxonomia validada, desenvolvida no âmbito do RESETTING, para classificar todas as tecnologias de ponta europeias identificadas. O Observatório EUROSTIT constituirá uma entidade independente associada à unidade de investigação do ISTAR-IUL, centrando-se em questões e desafios relacionados com a transformação digital do turismo, um sector com um impacto significativo na balança de pagamentos de Portugal. A equipa EUROSTIT examinará de forma crítica o ecossistema do turismo inteligente, fazendo avançar os conhecimentos científicos e transferindoos para a sociedade. Além disso, contribuirá para a definição de metodologias de investigação, para a formulação e avaliação de políticas de promoção do turismo sustentável (em termos de ambiente, sociedade e economia) e ...

A crise global do COVID-19 desencadeou grandes mudanças nas sociedades em todo o mundo, perturbando a forma como vivemos e conduzimos os negócios. Em toda a Europa, as medidas e restrições impostas devido à pandemia levaram a mudanças repentinas em muitos paradigmas, abrindo caminho para novos modelos de negócios e de operação no mercado. Essa rutura dramática acelerou algumas tendências socioeconómicas, que eram visíveis antes da crise do COVID-19, como a adoção de tecnologias sofisticadas e soluções de dados para facilitar modelos de operação centrados no ser humano, inteligentes e sustentáveis; a incorporação da sustentabilidade e da mitigação das alterações climáticas como princípios não negociáveis​​de operar e fazer negócios e, por último, mas não menos importante, confiar em soluções inteligentes baseadas em dados para orientar a tomada de decisão com otimização do desempenho comercial e da sustentabilidade. A indústria do turismo é um dos setores económicos globais que sofreu o impacto mais severo da pandemia COVID-19, o que está associado à sua desaceleração económica. Dados da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (UNWTO) confirmam que a crise atual é responsável por uma queda global nas receitas de exportação de 750-900 biliões de euros e uma perda de empregos diretos estimada entre 100 e 200 milhões. Com a queda dos lucros e a incerteza da retoma de uma estabilidade nos mercados, está em risco a recuperação para breve das pequenas e médias empresas (PMEs) que, segundo a UNWTO, são responsáveis por 80% do turismo global. Com a perda de receitas e, consequentemente, a fuga de talentos para outros setores económicos, as PMEs do turismo têm de levar a cabo a retoma com recursos limitados. Através da conceção de uma solução tecnológica dinâmica (plataforma) para transferência de conhecimento e troca de experiências disponibilizada a uma rede de clusters de PME do turismo em seis países, este projeto irá demonstrar como a digitalização pode aceler...