O estado avançado e irreversível de doenças provoca disfunções orgânicas que permitem identificar as últimas horas ou dias dos enfermos. Na hipermediação jornalística da morte, a premência das sociedades portuguesa e inglesa em querer lidar com o processo de morrer sem agonia está na origem dos sucessivos debates e projetos de lei apresentados para a despenalização da eutanásia. Com o objetivo de contribuir para a produção de conhecimento científico sobre uma temática pouco estudada, pretende-se estudar comparativamente a cobertura jornalística da eutanásia no Expresso, Público, The Guardian, e The Times, entre 2016 e 2026, com foco nas dimensões política, religiosa e médica. Este projeto combinará métodos mistos para assegurar a diversidade de dados, a profundidade das análises e a triangulação de metodologias dos três estudos. As estratégias metodológicas articularão a análise de conteúdo e a análise argumentativa do discurso, bem como a análise temática e a análise argumentativa do discurso. Equipa de Orientação: Joana Fonseca França Azevedo (CIES-Iscte) Sónia Gomes da Costa Figueira Bernardes (CIS-Iscte) Inaki Garcia-Blanco (Universidade de Cardiff)