Estudar mais costumava ser sinónimo de melhor emprego. Mas quando este pressuposto falha, o que acontece à geração mais qualificada de sempre? Com desemprego, sobrequalificação e falta de mão de obra em simultâneo, o “paradoxo da economia portuguesa” revela um problema estrutural que não se resolve “por decreto”

Estudar mais costumava ser sinónimo de melhor emprego. Mas quando este pressuposto falha, o que acontece à geração mais qualificada de sempre? Com desemprego, sobrequalificação e falta de mão de obra em simultâneo, o “paradoxo da economia portuguesa” revela um problema estrutural que não se resolve “por decreto” Empurrados pela falta de oportunidades, os licenciados estão cada vez mais em posições antes ocupadas por não graduados. Como resultado, cerca de 30% dos jovens graduados têm qualificações a mais para os cargos que exercem.

«Sociedade Civil» sobre a qualidade das nossas universidades em preparar bem os jovens para entrarem no mercado de trabalho. Este ano, o Ensino Superior tem 446 mil estudantes. O crescimento deste número tem aproximado Portugal das metas de qualificação no longo prazo. O objetivo é atingir até 2030, uma taxa média de frequência de 60% nos jovens com 20 anos, e chegar aos 50% de diplomados na faixa etária dos 30 aos 34.Conversa com Fátima Suleman, professora no Departamento de Economia Política do ISCTE, Domingos Lopes, presidente do Instituto de Formação e Emprego Profissional, Sofia Marques da Silva, professora associada da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, João Cerejeira, professor de Economia da Universidade do Minho, e João Filipe Queiró, professor de Matemática na Universidade de Coimbra.