A educação doutoral tem sido palco de mudança em Portugal. Os programas de doutoramento têm sofrido mudanças estruturais e institucionais, resultando em novos e diversificados desenhos educativos e de investigação. Alguns dos debates mais proeminentes em torno destas mudanças recentes debruçam-se sobre programas concebidos à medida de indivíduos versus cursos obrigatórios e previamente estruturados; competências básicas de investigação versus competências transferíveis; duração do grau e prazos de conclusão esperados; diferentes formas de apoio financeiro; práticas e programas de apoio inovadores; tipos de orientação académica e oportunidades de formação; e o impacto da digitalização. Outras tendências incluem a expansão de parcerias de colaboração e intercâmbios internacionais tais como parcerias universidade-indústria, cooperação com outros setores da sociedade e associações internacionais entre universidades similares. No centro destas mudanças estão as motivações, experiências, propósitos e aproveitamento dos alunos. Ligadas aos propósitos e aproveitamento dos alunos, estão as avaliações de qualidade e acreditação, tais como objetivos e fins educativos, importância e relevância do programa e rankings universitários, bem como a futura direção da universidade, considerando a educação doutoral no resto do mundo.
Atuais transformações na educação doutoral a serem analisadas:
Programas de doutoramento e estruturas de investigação – no âmago da educação doutoral está o elo inquestionável à investigação. A investigação implica financiamento, atividades de investigação e integração num centro de investigação dotado de equipamento e infraestrutura. O sistema nacional de ciência e tecnologia inclui diferentes estruturas de investigação (sendo as mais relevantes os centros de I&D e Laboratórios Associados) que produzem e transmitem conhecimento. Neste sentido, a FCT realiza avaliações regulares, tanto dos centros de I&D como dos Laboratórios Associados, em parceria com painéis internacionais de peritos. De um modo geral, estas avaliações definem parâmetros e ajudam a identificar os contextos da educação doutoral. Estas avaliações também contribuem para estratificar e hierarquizar o sistema da ciência, podendo levantar questões de qualidade. O contexto institucional da educação doutoral – tradicionalmente, os programas de doutoramento têm sido oferecidos pelas universidades. Estes programas têm-se expandido e diversificado de modo a incluírem formatos mais variados e heterogéneos, havendo mais instituições de ensino superior a expressar um interesse em oferecer cursos de doutoramento. À medida que a agenda de investigação em diferentes instituições de ensino superior se tem expandido, novos programas de doutoramento têm sido desenvolvidos. Contudo, poderão existir diferenças em termos dos recursos financeiros e de investigação, bem como das expetativas futuras de inserção no mercado de trabalho. As diferenças poderão incluir tipos distintos de investigação (fundamental ou aplicada) e o doutoramento de investigação ou profissional.
A organização e estrutura dos programas de doutoramento – tradicionalmente, a educação doutoral promovia formas flexíveis de aprendizagem estruturadas em torno da relação “mestre-aprendiz” ou “orientador-aluno”. Cada vez mais, mudanças na estrutura e no conteúdo dos programas têm resultado em requisitos académicos crescentes e módulos curriculares mais estruturados. A tendência para a uniformização dos programas de doutoramento, com mais disciplinas e aulas, tem-se acentuado com a publicação de regulamentos, linhas orientadoras e procedimentos. Alguns dos requisitos pretendem criar competências mais alargadas, assim como maior ‘relevância’ e ‘qualidade’, mediante a exposição interdisciplinar e metodológica a domínios complementares. Isto implica a análise das principais tendências em termos de apresentação de teses, orientação académica, requisitos curriculares, mobilidade, internacionalização, financiamento, plano de estudos e taxas de conclusão. As teses de doutoramento assumem agora diferentes formatos – além da tradicional monografia ou livro, a compilação de artigos, por exemplo. No todo, a organização de programas de doutoramento mudou de forma radical, levantando questões sobre a estrutura global destes programas. À medida que o formato e conteúdo dos programas muda, é provável que se levantem questões sobre as diferentes vertentes oferecidas, a académica e a profissional – mais opções, maior variedade de disciplinas, maior diversidade nos programas, maior experiência internacional, etc.
Centro de Investigação | Grupo de Investigação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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CIES-Iscte | -- | Parceiro | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
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Nome | Afiliação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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Teresa Patrício | Professora Associada (DCPPP); Investigadora Integrada (CIES-Iscte); | Coordenadora Global | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
João M. Santos | Investigador Integrado (CIES-Iscte); | Investigador | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
Susana da Cruz Martins | Professora Auxiliar (DCPPP); Investigadora Integrada (CIES-Iscte); | Investigadora | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
Patrícia Santos | Assistente de Investigação (CIES-Iscte); | Assistente de Investigação | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
Leonor Duarte Castro | Assistente de Investigação (CIES-Iscte); | Assistente de Investigação | 2022-06-03 | 2023-06-03 |
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