Lista de Projetos
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No quadro dos atuais debates globais sobre mudanças climáticas, sustentabilidade e transição energética, a mudança de uma indústria “carbon-based” para uma indústria de energia verde parece inevitável. Enquanto os apelos e resoluções para acabar com os combustíveis fósseis chegam lenta e irregularmente à diplomacia global (ver, por exemplo, o COP26), a mudança para a eletrificação e digitalização dos setores industrial, de comunicação e transporte está a criar uma dependência global crescente da extração e processamento de novos recursos. É o caso, por exemplo, do lítio (muitas vezes apelidado de “óleo do futuro”) e do grafite, componentes essenciais para a fabricação de baterias para telemóveis, computadores e carros elétricos, por exemplo. Ao mesmo tempo, ‘tecnologias limpas’ como hidrogénio verde, gás natural liquefeito ou renováveis se apresentam como caminhos seguros para a descarbonização e redução de GEEs. Tais transformações, embora sejam no geral passos positivos para a sustentabilidade energética e adaptação às mudanças climáticas, estão a gerar novos pólos industriais, novas relações económicas complexas e mobilizações políticas com consequências sócio-ambientais que precisam ser mapeadas e estudadas a partir de uma perspetiva das ciências sociais. Falamos especificamente dos impactos ambientais da nova indústria energética das suas articulações materiais e infraestruturais, dos conflitos sobre propriedade e uso da terra, das articulações políticas (público-privadas), das oportunidades laborais e comerciais, etc. Desde este ponto de vista, observa-se a emergência de uma nova geografia da energia, que complexifica as tradicionais cartografias de poder baseadas em distinções Norte-Sul pós-coloniais. Isto é ilustrado pela crescente centralidade política de tais indústrias, tanto em termos de diplomacias transnacionais – ver, por exemplo, o papel dos oleodutos Nord Stream no atual conflito Rússia-Ucrânia– como na criação de novas zonas de conflito devido aos ...
Informação do Projeto
2023-03-01
2026-02-28
Parceiros do Projeto
- CRIA-Iscte - Líder
- Instituto Superior de Ciências de Educação da Huila - (Angola)
O foco principal deste projeto é nas perceções, emoções e comportamentos das pessoas mais velhas em relação aos diferentes desenhos de ruas urbanas. Especificamente, estamos interessados em explorar a perceção de discriminação devido à idade (idadismo), um tópico estudado de uma perspetiva sócio-psicológica. Por conseguinte, a psicologia é a principal área científica para este projeto. No entanto, a natureza multidisciplinar da equipa é uma grande vantagem, criando a oportunidade de investigar mais profundamente os factores de localização das pessoas e utilizar metodologias comummente utilizadas noutros campos (arquitectura, informática) a fim de testar as nossas hipóteses (por exemplo, estudos de realidade virtual).
Há profissões como a arquitectura onde, apesar de tudo o que as mulheres conquistaram, uma hegemonia masculina persiste e não é muito permeável a revoluções de género. Este projecto exploratório visa identificar e descrever a luta das arquitectas na África de língua portuguesa pelo reconhecimento e representação da carreira, como consequência das desigualdades herdadas do passado colonial. A investigação tem continuamente colocado perguntas como: Quem eram as arquitectas que trabalhavam nos antigos territórios coloniais portugueses em África? Qual era a sua origem étnica? Qual era a sua origem profissional e educativa? Quais eram as suas lutas pelo reconhecimento profissional? Com a independência destes novos países, que papéis assumiram estas mulheres arquitectas? O projecto procura preencher uma lacuna na história dos países africanos colonizados por Portugal – Cabo Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Angola, e Moçambique – abordando a condição das arquitectas precursoras entendidas como as primeiras profissionais a trabalhar nestes territórios. A oferta de trabalho durante o domínio colonial foi limitada às Obras Públicas Coloniais e aos escritórios familiares. A transição para a independência traria novidades, tais como programas de cooperação e a reforma dos serviços públicos. A investigação considerará estas mudanças na profissão e na cultura arquitectónica, questionando a forma como as mulheres sobreviveram e emergiram em condições de extrema vulnerabilidade laboral, no entanto, por vezes impondo-se pela falta de técnicos. O projecto irá registar 2 períodos históricos: 1953-1974, definidos pelo colonialismo tardio (desde a chegada da primeira arquitecta em África, até à independência africana); 1975-1985, caracterizado como o período pós-independência (a partir da transição governamental, até à primeira mulher formada no curso de Arquitectura na Universidade Agostinho Neto, em Angola). Diferentes tipos de carreiras serão abordados nesta linha cronológica...
Informação do Projeto
2023-03-01
2024-08-31
Parceiros do Projeto
- DINAMIA'CET-Iscte (CT) - Líder
- AHU - (Portugal)
- IPGUL - (Angola)
Os efeitos negativos da institucionalização no funcionamento da criança, especialmente em bebés e crianças pequenas, estão bem documentados, assim como a capacidade de recuperação após o Acolhimento Familiar (AF). No entanto, em Portugal, em 2020, apenas 3% das crianças com medida de promoção e proteção de colocação fora da família de origem, estavam em AF. Em resposta ao apelo Europeu em prole da desinstitucionalização, a lei portuguesa de 2019 veio privilegiar o AF como a principal resposta alternativa para crianças até aos 6 anos de idade. Nesse sentido, iniciou-se, na área metropolitana de Lisboa, um considerável processo de recrutamento, formação e seleção de famílias de acolhimento (FA).Esta mudança para um sistema de AF é exigente, envolvendo serviços altamente especializados para responder às necessidades das FA e das crianças acolhidase, dessa forma, assegurar a sustentabilidade desta resposta social. O desenvolvimento de Modelos de Práticas no Sistema de Promoção e Proteção (MPSPP) pode ser uma solução, por contribuírem para a melhoria da qualidade e reforço da consistência na intervenção. Face à inexistência desse tipo de modelos para o AF em Portugal, o Modelo Integrado de Acolhimento Familiar (MIAF) tem vindo a ser desenvolvido. O MIAF abrange todo o continuum do AF, desde o recrutamento, seleção, avaliação e formação de FA (módulo 1), ao exercício do AF e à transição da criança para um projeto de vida permanente (módulo 2). Esta proposta dá continuidade aos resultados promissores do primeiro estudo piloto e ao processo inicial de implementação do MIAF em curso, tendo por base a investigação sobre inovação social e avaliação de programas.Antes da total implementação de um MPSPP e de testar a sua eficácia, é fulcral proceder à avaliação de processo (i.e., fidelidade) e à avaliação de resultados, para que os ajustamentos necessários possam ser realizados antecipadamente. A investigação sobre avaliação de processo sugere que uma resposta social inovadora r...
Perceived exploitative working relationships are not a problem of a bygone era nor are they confined to developing countries, but rather the current pandemic spotlights how organizations are treating their employees as survival becomes the imperative. At what cost? Maria Grazia Giammarinaro (U.N. special rapporteur) reports that “the abuse of vulnerable workers - such as those deemed as essential - had increased “alarmingly” due to COVID-19, leaving many facing starvation and forced to accept exploitative conditions” (Reuters, July 30, 2020). Moreover, last year, the World Health Organization (WHO) and International Labor Organization (ILO) concluded that long working hours kill hundreds of thousands of people a year from stroke and ischemic heart disease. Combined with the increasing use of new forms of work, outsourcing, technology advancements, less legal regulation, COVID-19 has added fertilizer to ripening conditions for organizations to exploit its employees.
Consequently, this fast-paced and uncertain context coupled with the ongoing COVID-19 situation fuels a conductive environment for organizational mistreatment – organizations acting malevolently towards their employees in order to survive or thrive. One of these forms of organizational mistreatment is organizational exploitation. Drawing on seminal works in political economy and sociology, recent literature defines exploitation as employees' perceptions that they have been purposefully taken advantage of in their relationship with the organization to benefit the organization itself. Specifically, these perceptions of exploitation include: the organization uses and mistreats the employees, forces them into a contract that solely benefits the organization, does not compensate them adequately despite expecting employees to go to work at any time, does not provide job security and can dismiss employee at its convenience, uses employees’ ideas without asking or acknowledging and, does not care if it harms ...
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