Artigo sem avaliação científica
A vida social dos georrecursos: Extrações e extrativismo na Ilha do Porto Santo (desde o século XX)
Jorge Branco (Branco, Jorge Freitas);
Título Revista
Arquivo Histórico da Madeira
Ano (publicação definitiva)
2024
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
Web of Science®

Esta publicação não está indexada na Web of Science®

Scopus

Esta publicação não está indexada na Scopus

Google Scholar

Esta publicação não está indexada no Google Scholar

Títulos Alternativos

(Inglês) The social life of georesources: Extractions and extractivism in Porto Santo Island (since the 20th century)

Abstract/Resumo
Desde que foi povoada a partir de finais da segunda década do século XV e até quase finais do século passado, no Porto Santo vigorou uma sociedade camponesa assente numa agricultura de sequeiro com ecossistema de tipo mediterrânico (cereais, vinho, gado). A configuração geológica da ilha favoreceu a extração de cal e derivados exportados para a Madeira. O trabalho nas pedreiras era uma ocupação que complementava o sustento da população. No século XX, o extrativismo envolveu mais georrecursos: água mineral (ca. 1920-ca. 1990) cimento Portland (1922-ca. 1940) e o “episódio pozolânico” (1937-1962), cujas ruínas me forneceram pretexto e contexto para o presente trabalho. Desde início de Novecentos, o clima contrastante com a ilha vizinha transforma o veraneio numa atividade extrativista de novo tipo. Desde então o turismo molda a sociedade e o território. A praia com as representações materiais e intangíveis que gera, tornou-se o principal recurso insular. Baseado num espólio documental familiar, em trabalho de campo, em arquivos institucionais e na minha memória de infância, ensaia-se uma reconstituição da vida social dos georrecursos insulares. As ruínas da unidade fabril da pozolana servem de dispositivo para regressão no tempo, originando um legado material e imaterial, que atualmente desafia a especulação imobiliária. Inspiro-me no projeto expositivo Weight and Measure (1992) do escultor Richard Serra para fixar os parâmetros duma cultura sensorial porto-santense vivida: temperatura, ruído e sazonalidade. Deles emergem os eixos narrativos que configuram a “segunda criação” (David E. Nye). Ela assenta numa periferização diferente da ilha, que já não decorre do duplo isolamento oceânico, como nos séculos passados. A atual condição periférica resulta de integração e da sujeição aos imperativos económicos externos, ao passo que as potencialidades endógenas foram desacreditadas.
Agradecimentos/Acknowledgements
--
Palavras-chave
Georrecursos,Ilha do Porto Santo,Vida social,Luís de Freitas Branco (1898-1965),Séculos XX-XXI,Extrativismo,“Segunda Criação”,Pozolana,Cimento
  • Outras Ciências Sociais - Ciências Sociais
  • Antropologia - Ciências Sociais

Com o objetivo de aumentar a investigação direcionada para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para 2030 das Nações Unidas, é disponibilizada no Ciência-IUL a possibilidade de associação, quando aplicável, dos artigos científicos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Estes são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável identificados pelo(s) autor(es) para esta publicação. Para uma informação detalhada dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, clique aqui.