Surgidos na sequência da emergência da sociedade capitalista, os sindicatos constituem uma das mais importantes instituições do mercado de trabalho. A partir da década de 70 os seus recursos de poder começaram a ser erodidos entrando numa crise profunda, a qual constitui atualmente uma sua característica dominante à escala internacional. As suas causas são múltiplas, nelas se mesclando fatores exógenos ao movimento com outros que lhe são endógenos. Por todo o mundo, o sindicalismo só muito tardiamente enfrentou a situação, implementando desde então um conjunto de ações diversificadas, mas com um alcance extremamente limitado. Portugal segue o padrão internacional, quer no que respeita ao decréscimo da sindicalização quer no que se refere às respostas dadas ao refluxo. Porém, a crise não representa necessariamente uma decadência inexorável do sindicalismo conducente ao seu desmoronamento definitivo. Este cenário só poderá ocorrer se o sindicalismo não adotar uma perspetiva transformadora em termos de organização e de práticas sindicais. Neste seminário serão abordadas quatro pesquisas realizadas com o movimento sindical português.

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