Desde o início do século XXI, que ao mais alto nível das instituições intergovernamentais se tem assistido à crescente importância da dimensão social do esporte. Recentemente, no âmbito da UNESCO, o esporte foi considerado no Kazan Action Plan, uma área de interesse político convergente, para o alcance de 8 dos 17 ODS da Agenda 2030 da ONU. Identificam-se dois modelos de projetos de inclusão social pelo esporte, de acordo com os objetivos da intervenção socioesportiva definidos pelos promotores. O de inclusão social no esporte ou mais esporte (plus sport), orientado para a acessibilidade à prática esportiva de públicos com maior dificuldade de acesso ao esporte, e o de inclusão social através do esporte para o desenvolvimento, ou esporte mais (sport plus). Este último, apesar de contemplar os objetivos do anterior, vai mais além, pois visa o empoderamento de crianças e jovens inseridos em meios desfavorecidos e tendencialmente sujeitos à exclusão e à discriminação social. São dadas evidências da relevância da educação para os valores, através observação dos princípios éticos do esporte, na intervenção socioesportiva dirigida à inclusão social. Exploram-se também, as potencialidades do esporte enquanto ferramenta de educação não formal para o desenvolvimento de capacidades pessoais, sociais e motoras, visando melhorar o sucesso escolar, a empregabilidade e a cidadania. Partindo de várias abordagens teóricas, em particular a bourdiana, problematizam-se diferentes dimensões de análise e noções com capacidade operativa na pesquisa empírica do fenómeno, tendo em vista aumentar o seu conhecimento.

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Esporte,Inclusão,Educação não formal,Ética,Desenvolvimento

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