A partir de 1961, a Divisão de Construção e Habitação criada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) afirmou-se como um dos principais centros de investigação para informar e sustentar o trabalho dos arquitectos. Considerando o contexto do país e das suas cidades à época, será pouco surpreendente que a maior parte da investigação do LNEC tenha sido utilizada como base para a criação de novos complexos habitacionais, modernizados e adaptados às necessidades de uma crescente sociedade de massas. Do Gabinete Técnico da Habitação (GTH) da Câmara Municipal de Lisboa, ao Fundo Fomento à Habitação (FFH), à experiência do Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), foram várias e relevantes as influências do LNEC, não só pelos temas e âmbitos da investigação, mas também porque vários dos seus investigadores foram profissionais de arquitectura e/ou planeamento nestes contextos. Menos debatido – e também mais recente – foi o papel da investigação conduzida no LNEC em processos de intervenção na cidade existente. É na década de 1980, de resto, que Nuno Portas (n.1934), antigo investigador do LNEC, chama a atenção para a necessidade de redirecionar o trabalho de arquitectura para a intervenção em malhas urbanas consolidadas, trazendo uma dimensão de melhoramento a uma abordagem que tinha sido, até aí, mais concentrada na criação de novas unidades urbanas de raiz (Portas, 1985).

FCT, ISCTE, CMS, DINÂMIA'CET

Plano de Salvaguarda de Sacavém,planeamento urbano,reabilitação de zonas históricas,LNEC

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