O número de profissionais e a especialização no trabalho artístico parecem estar aumentar à semelhança do que acontece nos países europeus (fruto das “vocações” artísticas; das políticas públicas que articulam cultura e educação, de uma socialização mais alargada com a cultura, do estímulo das indústrias de lazer). O esforço e a insistência na procura de apoios pode estar a sobrepor-se à inovação artística (v. caso das artes performativas). É importante uma mudança social a este nível, assente noutro tipo de relações sociais e relações de poder que fortaleçam a identidade dos profissionais das artes e da cultura. É importante melhorar as condições de trabalho nos mercados artísticos mais vulneráveis. A base da pirâmide reputacional alargou, vulgarizaram-se os baixos rendimentos. A adaptação de medidas formais à realidade exige um trabalho minucioso de ajustamento, participação de todos e estímulo ao debate alargado sobre as condições de trabalho nas artes.

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