Comunicação em evento científico
O Atlas Artístico e Cultural de Portugal-AACP: uma perspetiva integrada da densidade cultural de base territorial
José Soares Neves (Neves, J. S.); Sofia Costa Macedo (Macedo, S.C.); Jorge Alexandre Santos (Santos, J.); Maria João Lima (Lima, M. J.); Joice Alexandre (Alexandre, J.);
Título Evento
XII Congresso Português de Sociologia | Sociedades Polarizadas? Desafios para a Sociologia
Ano (publicação definitiva)
2023
Língua
Português
País
Portugal
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Abstract/Resumo
O setor da cultura vem registando uma enorme dinâmica por todo o país, decorrente da ação dos vários agentes artísticos, das políticas centrais e locais e das procuras, dos públicos. Contudo importa promover o seu desenvolvimento sustentável e que promova a coesão territorial. A cartografia cultural pode ser definida como a recolha, localização e sistematização de informações relativas à distribuição de bens, serviços e outros recursos num determinado território com vista à sua descrição (Freitas, 2016; Duxbury et al., 2015). O levantamento bibliográfico e documental permitiu verificar que este tipo de instrumento está há muito disponível para apoio às políticas públicas culturais em países como França (Cardona et al., 1998) e Espanha (Castillo et al., 2009). Quanto a Portugal identificaram-se estudos e contributos vários (em parte online), com diversos âmbitos territoriais e recortes nos domínios culturais e criativos. Contudo, a conclusão principal é a sua inexistência numa perspetiva nacional. O estudo AACP visou assim colmatar esta lacuna através de uma perspetiva integrada que permite descrever as dinâmicas culturais no território português, com base na visualização geográfica (Redaelli, 2015). Através da recolha, sistematização e agregação de dados controlados e fiáveis, produzidos por organismos públicos, numa lógica designada como top/down (Freitas, 2016), identificaram-se três componentes fundamentais da oferta cultural (equipamentos, entidades e atividades) num conjunto alargado de domínios resultante do cruzamento dos adotados pelo EUROSTAT (Bina et al., 2012) com os das áreas de atuação da tutela da cultura em Portugal. A perspetiva analítica adotada privilegia a representação espacial de modo a permitir conhecer melhor as existências, e as carências, no território, e assim contribuir para uma melhor definição de estratégias pelas políticas públicas, para o que houve que desenvolver indicadores com esse objetivo, dos quais o Índice de Densidade Cultural constitui um exemplo. Do ponto de vista temporal, o AACP corresponde a uma fotografia num determinado momento (2020-2022). A metodologia é quantitativa, com base em fontes secundárias oficiais e assume um âmbito nacional, com recorte municipal, em que se correlacionam fatores estruturais como os demográficos, os económicos, sociais e históricos, com os recursos culturais e criativos existentes. Nesta comunicação destacamos a estratégia analítica seguida e os resultados obtidos, com recurso a um conjunto de ilustrações gráficas e geográficas. No seu conjunto, os resultados permitem concluir pela importância de relativizar, no que aos sectores cultural e criativo importa, as tradicionais dicotomias que caracterizam o território português (Ferrão, 2013), e sugerem novas linhas de intervenção pública. O estudo AACP decorreu no quadro de uma parceria entre a DGARTES e o CIES-Iscte no âmbito do OPAC
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Atlas cultural Politicas culturais,Densidade Cultural,Sectores cultural e criativo
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