Transição energética participativa: capacitar os jovens através do projeto SMART2B. A temática da sustentabilidade energética, caracterizada pela capacidade de um edifício de minimizar seu impacto ambiental e, simultaneamente, promover um uso eficiente e sustentável da sua energia através da implementação de práticas que visam reduzir o consumo de energia, tem vindo a ganhar relevância nas últimas décadas. Como resultado, várias foram as iniciativas que têm por objetivo medir, monitorizar e partilhar as raízes deste fenómeno social multidimensional (ao nível económico, social, ambiental e da saúde). No sentido de responder a esta questão emergente estão a ser criadas várias iniciativas como por exemplo do Observatório sobre Pobreza Energética da União Europeia. Outro tipo de propostas para uma melhor eficiência energética é a aposta em projetos de Investigação-ação, como é o caso do projeto internacional Smart2B - Smartness to existing Buildings, financiado pelos Horizontes 2020 da Comissão Europeia. Ao monitorizar os equipamentos sociais, este projeto inovador permite aceder a um controlo coordenado de dispositivos inteligentes especificamente desenvolvidos pela equipa parceira da EDP New, em particular a EDP Re:dy Plug e a EDP Re:dy Box. O Smart2B segue uma abordagem centrada no utilizador, que simplifica a monitorização de dispositivos e fornece informações sobre o desempenho energético total. Esta abordagem permite a transição de edifícios passivos para componentes ativas nos sistemas de energia. Nesta comunicação, e ao utilizar as casas de acolhimento sobre a tutela da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, procuramos: i) compreender de que forma é que os jovens se podem tornar atores sociais ativos dentro da transição energética; ii) analisar os dados provenientes dos instrumentos de recolha instalados nas casas de acolhimento; iii) construir um programa educacional dirigido para as crianças e jovens das casas de acolhimento, com vista a mudar atitudes relativamente à sustentabilidade energética. Para tal, foi utilizada uma metodologia participativa assente no co-design durante 12 meses, na qual participaram 60 crianças e 40 técnicos das casas de acolhimento.

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