A informação estatística evidencia ainda que quer em Portugal, quer na média dos países da UE, o risco de pobreza ou de exclusão social é superiorno grupo social das pessoas com deficiência, com maior intensidade nos agregados constituídos por mulheres. Segundo Portugal et al., 2010:14:“Aspessoas com deficiência encontram-se entre os mais pobres dos pobres nas diversas sociedades, constituindo (…) aquilo que se costuma designarpor terceiro mundo interior, ou seja, o mundo constituído pelos grupos populacionais socialmente excluídos e economicamente desprotegidos,mesmo nos países desenvolvidos”. Uma vez que a intensidade do fenómeno social descrito continua por mitigar, as principais entidadesinternacionais e europeias, como é o caso da ONU e da Comissão Europeia têm insistentemente e através de vários documentos de referência,instado os países a conceber instrumentos de indicadores estatísticos e sociais que permitam avaliar e monitorizar as condições de vida das pessoascom deficiência, bem como o impacto das políticas públicas no quotidiano destes cidadãos. Não obstante Portugal ter ratificado a Convenção Sobreos Direitos das Pessoas com Deficiência, que nos seus Artigos 30º e 32º recomenda aos países o desenho e operacionalização de um Sistema deObservação das Políticas públicas que impactam nesta área e da forma como elas se materializam nas condições de vida das pessoas comdeficiência, até à data não foi implementada essa recomendação. A informação estatística existente a este respeito, além de escassa, está dispersasectorialmente, não sendo harmonizada do ponto de vista conceptual, o que dificulta a sua leitura. É, pois, a este nível que o projeto se inscreve,visando colmatar essa lacuna, consensualmente admitida como essencial. O projeto piloto que se apresenta tem como objetivo geral o desenhocolaborativo e a operacionalização de um “Sistema de Observação das Políticas de Inclusão em Portugal”, através da conceção de uma bateriaalargada e transversal de indic...

A proposta é relevante para os objetivos e as prioridades da Ação Chave 220 Adultos e a mesma assenta na prioridade “inclusão e diversidade”, visto pretender a promoção da autodeterminação e a inclusão de jovens e adultos com autismo através das artes, nomeadamente do teatro. O perfil, a experiência e as atividades que as organizações desenvolvem são bastante relevantes, visto a maioria delas trabalharem diretamente com jovens e adultos autistas. Foi feita uma análise das necessidades por parte das instituições que integram a parceria, essencialmente no que concerne à analise de estudos internacionais que comprovam os benefícios do teatro e de outras atividades culturais nas pessoas portadoras de autismo e também verificaram que existe um longo trabalho a fazer no que concerne à pela integração dos autistas. A proposta cria sinergias somente entre os domínios da educação, formação e juventude. A proposta é complementar a outras iniciativas já realizadas pelas organizações participantes e baseia-se no know-how e no trabalho anterior (política, metodologias, boas práticas, partilha de informações) e pesquisa dos parceiros e envolve algumas instituições que já colaboraram em outros projetos. Esta proposta é inovadora porque se assume colaborativa e pretende usar o teatro para ajudar a integrar jovens e adultos com autismo e pretende incluir a participação dos mesmos em várias etapas do projeto. A mesma pretende também envolver atores amadores e profissionais, assim como outros colaboradores da cena (inter)nacional. De referir que existem vários projetos nacionais e internacionais que já usam a arte para auxiliar pessoas com diferentes graus de deficiência. À exceção da organização coordenadora todas as instituições trabalham com pessoas com autismo e a instituição ATVK assume-se como a companhia de teatro com maior experiência na área das pessoas com autismo em Portugal. Por fim, esta proposta traz valor acrescentado a nível europeu, através dos seus objetivos, ativida...

Avaliação do Contributo dos FEEI para os Objetivos do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego por Eixo Prioritário (Avaliação Intercalar)

A vida independente significa "Todas as pessoas com deficiência terem a mesma possibilidade de escolha, controlo e liberdade sobre as suas vidas que qualquer outro cidadão -em casa, no trabalho, e como membros da comunidade” (Barnes e Mercer, 2006:33). O projeto tem como objetivo:1- Criar condições junto de pessoas e famílias para a autonomização e vida independente de pessoas com deficiência. 1.Capacitar pessoas e famílias para autonomia;1.2 Organizar, disponibilizar e tornar acessível a informação relevante para a autonomia e vida independente. 2-Capacitar instituições e comunidades para a autonomização e vida independente de pessoas com deficiência.2.1 Capacitar instituições do setor social para a promoção da autonomização e vida independente;2.2 Criar soluções ao nível municipal para a consolidação de uma política de não institucionalização e de promoção da autonomia.3-Consolidar o Modelo de Apoio à Vida Independente para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade e a política de não institucionalização em Portugal 3.1 Avaliar e consolidar o Modelo de Apoio à vida Independente - Assistência Pessoal;3.2 Desenvolver linhas orientadoras e metodologias de apoio à consolidação de uma política de não institucionalização de pessoas com deficiência. 

O “Kit Direitos Humanos” é programa inovador, didático, socio-lúdico e multimodal, de promoção da educação para os direitos humanos das pessoas com deficiência, com maior enfoque na deficiência intelectual e autismo. A substância das atividades, dinâmicas e jogos que integrarão o Kit têm por por base os princípios e o articulado da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU (...) O KIT é uma ferramenta adaptada a diferentes faixas etárias, disponível para professores, educadores, dirigente de escuteiros ou outros agentes educativos, mas igualmente para utilização da criança e jovem a nível individual ou em família. O KIT incorporará uma componente física/analógica (jogo de tabuleiro) e uma componente digital (plataforma online/moodle e uma app). Será igualmente desenhada uma versão em linguagem fácil por forma que os conteúdos possam ser trabalhados com crianças com deficiência intelectual e/ou neurodiversidade. As aplicações digitais garantirão igualmente acessibilidade a pessoas cegas e surdas. As crianças e jovens, com e sem deficiência, participarão também, de forma colaborativa, na conceção das atividades e dinâmicas que integram o KIT. 

O projeto visa capacitar professores (de turmas regulares e do ensino especial), para trabalhar com alunos com autismo, utilizando as TIC. O DiGiTool visa igualmente capacitar alunos com autismo para a utilização destas ferramentas de forma o mais autónoma possível. O “DiGiTool” propõe o desenho e experimentação piloto, em 3 países europeus (Portugal, Espanha e Itália) de uma nova abordagem TIC inclusiva no âmbito do autismo, a qual promova a comunicação, socialização e aprendizagem destes alunos potenciando o seu sucesso escolar. Para tal, o projeto irá formar até 60 profissionais na área da educação (até 20 por cada país implementador) na utilização de uma panóplia de ferramentas TIC. Será ministrada formação em ferramentas TIC na área da comunicação, aprendizagem (em vários domínios), avaliação de conhecimentos, produção de conteúdos, organização e planeamento do tempo e do estudo, entre outras, que permitirão, por um lado, aos professores aprender a produzir conteúdos TIC inclusivos e implementar novas metodologias de ensino e avaliação e por outro, aos alunos com autismo dispor de conteúdos TIC adequados às suas características. O Projeto contará com a experiência e conhecimento do Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) do Instituto Politécnico de Leiria, e da entidade Grega Intermediak, especialista em desenvolvimento de TIC inclusivas, as quais têm vido a produzir muito trabalho científico e técnico nesta área. O projeto assume como ambição última a produção de KIT Multi-recursos no âmbito das TIC inclusivas destinadas à aprendizagem de alunos com autismo, o qual ficará disponível para download gratuito e poderá, no final do projeto, ser traduzido para várias línguas e disseminado a nível europeu e apresentado a todas as federações nacionais de autismo e entidades formadoras de professores a nível europeu. Para além da formação em ferramentas TIC existentes, o KIT irá contemplar e conceber uma app inovadora na área da educação inclusiva, o que cont...

This project promotes the participation of children/young people with autism in activities developed by community structures, on equal terms with their pairs, through the support of “young mediators for inclusion”. This will allow a progressive transformation of community structures, which will certainly prolong the project's impact in a sustainable way once the project is over. The YMI aims to: (i) design and test in three European countries an innovative / pilot methodology to include children / youth with autism in regular community structures (sports clubs, cultural and recreational associations, activities promoted by municipalities, etc. ), on an equal basis with other children through technical follow-up (mediators for inclusion) and through evaluation and necessary adaptations; ii) training “young mediators for inclusion” (facilitating agent that promotes the inclusion in articulation with the family and contexts); iii) training technicians and other staff of all community partners, in order to ensure the full participation of children/with autism; iv) design a European guide for the inclusion of children/youth with autism. To implement this innovative project has been established a consortium which includes 4 european associations (Inovar Autismo, Autismo Burgos, Autism Europe and Diversamente Onlus), a portuguese university (ISCTE-IUL) and a partner entity specializing in new technologies (Interactive media knowledge transfer intermediate).