(escrito por quem continua a combater o racismo no século XXI) José Augusto Pereira, Cristina Roldão e Pedro Varela mergulharam nos arquivos para contar as origens do movimento negro em Lisboa, da implantação da República ao Estado Novo. Uma "história silenciada" mas que serve para compreender os movimentos .

 A socióloga Cristina Roldão, professora na Escola Superior de Educação de Setúbal e investigadora no CIES-Iscte vai mais longe, ao considerar que “o Chega cavalga ostensivamente o racismo e a xenofobia, porque sabe que há muitos que se identificam com aquele discurso entre a massa desiludida com os partidos”. 

Formação para ajudar professores e mediadores culturais a desconstruir narrativas decorreu esta semana na Gulbenkian

Cristina Roldão conversou com Margarida Valença sobre racismo, a presença negra na sociedade portuguesa e a ascensão da extrema-direita. Desde que se encontraram, já muito aconteceu.

A editora Routledge acaba de publicar Afroeuropeans: identities, Racism, and Resistances (2025), editado por Cristina Roldão, Raquel Lima, Pedro Varela, Otávio Raposo e Ana Raquel Matias. 

Ainda que um membro recente da Escola Superior de Educação, Cristina Roldão procura ter um papel ativo no desenvolvimento da mesma "é investigadora no ISCTE, trabalha em Sociologia e é alguém que tem preocupações com a sociedade em que vivemos, do ponto de vista das desigualdades", com principal destaque para o racismo, muito presente em Portugal.

Numa ampla panorâmica geográfica e temática, publicado pela prestigiada Routledge, reúne textos de vários autores e tem uma mais-valia em relação a outras publicações sobre o tema em inglês, como este: o facto de haver diversas reflexões e análises sobre Portugal, país que nos debates a nível mundial acaba por ser secundarizado, como lembrou a socióloga Cristina Roldão, uma das organizadoras deste documento, com Raquel Lima, Pedro Varela, Otávio Raposo e Ana Raquel Matias. De um total de 13 capítulos, quase metade foca-se em Portugal.