O projeto ALIGHT irá lançar luz sobre o património vivo da Antártida, construindo ferramentas para favorecer o entendimento da diversidade cultural do continente. A Antártida é o único lugar na Terra sem população humana nativa, demarcações territoriais ou urbanização. A presença humana é historicamente recente, tendo começado há aproximadamente dois séculos. Desde 1960, a ocupação da Antártida por pessoas foi oficialmente regulamentada pelo Tratado da Antártida para ocorrer temporariamente, por rotação sazonal, com foco nas atividades de investigação científica, e condicionada a gerar apenas impactos ambientais mínimos. A cooperação logística entre países e a coabitação de investigadores, militares e profissionais técnicos tornaram-se então fatores determinantes para a coexistência nas estações antárticas. Tais fatores contribuem para o desenvolvimento de um conjunto único de práticas, memórias e expressões culturais, não mencionadas ou incluídas nos discursos e inventários do património cultural global. Mas, considerando todas estas particularidades, afinal, que tipo de património imaterial incorpora a Antártida? Para começar a propor soluções para esta lacuna, buscaremos recolher e analisar dados sobre a intersecção do património cultural e natural na Antártida, mapeando o património imaterial na região e informando direções para estudos futuros.

No âmbito deste projeto é proposta a atribuição de 3 bolsas a estudantes de arquitetura ou áreas afins, para integração no projeto em curso, Siza ATLAS - Filling the gaps for World Heritage, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, através do programa Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico no âmbito da Arquitetura de Álvaro Siza Vieira – 2019 (SIZA/ETM/0023/2019).     A coordenação do projeto é da responsabilidade do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) - Centro de Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e Arquitetura (ISTAR-IUL). São entidades participantes, a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP, UP) - Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (CEAU) e a Universidade Portucalense (UPT).    O projeto Siza ATLAS propõe diversas linhas de investigação e tem como objetivo contribuir para a candidatura de um conjunto de obras de Siza para a lista do Património Mundial da UNESCO, promover a sua proteção e conservação para transmissão às gerações futuras.  As atividades propostas integram as tarefas T2 e T3 do projeto, dedicadas ao inventário e documentação das obras.   Estas bolsas proporcionam aos estudantes a aprendizagem de métodos de investigação científica, no âmbito da inventariação do património arquitetónico, com base em normas internacionais neste domínio.

Programa e acompanhamento das atividades de investigação científica e tecnológica para estudantes de mestrado, integradas no projeto internacional “F-Atlas | Paisagens Franciscanas” e em “COST ACTION CA18214 - A geografia dos Novos Espaços de Trabalho e o impacto na periferia”. O VERÃO COM CIÊNCIA é um apoio especial às atividades de investigação científica e tecnológica em unidades de I&D para potenciar a capacidade científica e tecnológica e a sua relação com o ensino superior e a sociedade. O programa previu o financiamento de 11 bolsas de iniciação à investigação pelo período de um mês, com montante de 5303,32€, proveniente de verbas do Orçamento de Estado.

Na sequência do estudo “The world heritage list: filling the gaps – an action plan for the future” e da Estratégia Global do Comité do Património Mundial, incentivando a submissão de nomeações de Património do século XX, o ICOMOS-Portugal apresentou um conjunto de obras de Álvaro Siza para a Lista Indicativa do Património Mundial, em 2017. Siza é um arquiteto de reconhecida relevância no panorama nacional e internacional, tendo cerca de 500 projetos e obras (espalhadas por 4 continentes e 16 países) mais de 100 prémios e distinções, 19 Doutoramentos honoris causa, centenas de publicações dedicadas. Apesar do reconhecimento internacional da qualidade da arquitetura de Siza, não existe ainda um inventário completo, consistente e sistemático da sua obra construída. A informação existente é geralmente dispersa, parcial ou incompleta. Por outro lado, a bibliografia centra-se mais em questões formais do projeto, sendo omitidas a dimensão material e tecnológica das suas obras, assim como o estado de conservação dos edifícios ou os seus potenciais riscos e ameaças. Neste contexto, SizaATLAS propõe desenvolver um inventário abrangente de todas obras construídas de Siza, assim como fazer uma análise e documentação pormenorizada dos 18 edifícios selecionados para a Lista de Património Mundial. Esta investigação e a comparação com outras obras de arquitetura contemporânea, permitirão uma melhor compreensão do valor único da arquitectura de Siza, num contexto nacional e internacional. Tal será fundamental para informar a justificação do Valor Universal Excecional (VUE) da sua obra, bem como a respetiva proteção nacional e nomeação a Património Mundial. Para o efeito, a presente investigação propõe desenvolver: 1) PLATAFORMA COLABORATIVA web de livre acesso, que permitirá a gestão e partilha de informação, assim como a compilação de formulários e disseminação de pesquisa; 2) INVENTÁRIO georreferenciado de toda a obra construída de Siza em Portugal e no estrangeiro; 3) DOCUM...

Apoio especial para atividades de investigação científica e tecnológica em unidades de I&D com vista à valorização da capacidade científica e tecnológica e a sua relação com a o ensino superior e a sociedade, mediante a contratação de 6 bolseiros de iniciação à investigação pelo período de um mês.

O projeto visa combinar técnicas tradicionais e inovadoras, em ordem a desenvolver metodologias, protocolos e ferramentas de avaliação de riscos e a criar interfaces  amigáveis para a gestão e preservação do património cultural.