Num quadro de generalização da educação e de centralidade do conhecimento nas sociedades atuais, acompanhado pela intrageracionalidade (Enguita, 2007) da mudança, exigiu-se aos indivíduos um envolvimento ativo e contínuo em novas etapas de educação e aprendizagem. Afirmou-se o direito - e o dever - a uma relação com a educação - para lá da educação inicial e da escola- que deve acontecer ao longo e ao largo da vida. A cosmopolitização (Beck, 2016) das sociedades atuais, sublinha a importância de uma análise transnacional, para a compreensão dos fenómenos sociais. Reconhecendo a suma relevância de um olhar que compare os países que constituem o Sul da Europa, esta proposta de comunicação visa dar conta das regularidades e diferenças encontradas nos sistemas de educação e formação de adultos e na relação que os adultos, de cada um destes países, trava com a educação ao longo da vida. Porque a relação e a participação dos adultos com a ELV, só poderá ser analisada a partir do conhecimento da estrutura social em que esta decorre, e dos seus sistemas de educação e formação de adultos, num primeiro momento, apresentar-se-á o resultado de uma análise documental que compara os sistemas de educação de adultos nos países do Sul da Europa: a sua história, contextos (níveis de escolaridade da população), políticas públicas/programas, entidades promotoras e diferentes modalidades de oferta. Posteriormente, e partindo da análise secundária dos dados do Adult Education Survey (2016), comparar-se-á a relação dos adultos destes países com a educação ao longo da vida: participação e obstáculos no envolvimento com os diferentes tipos de educação (formal, não formal e informal). O diálogo entre estas comparações permitirá que estes países aprendam uns com os outros, identificando boas práticas que possam servir de pontos de referência à concretização da generalização do acesso à ELV.

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Lifelong learning,non-formal education,informal education