Tese académica traçou percurso dos emigrantes portugueses na Suíça. Comunidade tem vindo a perder peso. Entrevista a Liliana Azevedo.

Muitos voltam porque querem mas, muitos outros, regressam por não terem capacidade económica para continuarem no país. Conclusão da tese de doutoramento de Liliana Azevedo, ISCTE. Edição Isabel Gaspar Dias.

De 3 a 6 de abril, os Jardins do Bombarda, em Lisboa, serão palco do festival “A Arte de Ser Migrante”, um evento único que reúne trabalhos artísticos e científicos de França, Luxemburgo, Suíça e Portugal. É organizado por Liliana Azevedo (CIES-Iscte) e Amandine Desille (Migrare, IGOT-ULisboa). O evento dará voz às experiências dos migrantes portugueses na Europa abordando os desafios e oportunidades da migração nos dias de hoje.

Comentário de Liliana Azevedo sobre a emigração de portugueses para a Suiça e retorno desses emigrantes.

Chegando à reforma, quase todos os portugueses deixam a Suíça “Há pessoas que regressam porque querem e pessoas que regressam porque não podem ficar”, explica a investigadora Liliana Azevedo. “Também há pessoas que conseguem ficar”, recorrendo a estratégias.

Muitos emigrantes na Suíça com regresso “forçado” a Portugal após reforma. Grande parte da população portuguesa emigrada na Suíça vê-se obrigada a regressar a Portugal depois da reforma devido a constrangimentos económicos. Declarações de Rui Pena Pires e de Liliana Azevedo.

São cada vez mais os portugueses emigrantes na Suíça que após a reforma, e por incapacidade económica de permanecerem naquele país onde viveram décadas, regressam a Portugal, onde se sentem novamente "estrangeiros", segundo a investigação de uma socióloga portuguesa.      "Partir ou ficar? Transição para a reforma e migração de regresso de casais portugueses na Suíça" é o nome da tese de doutoramento em sociologia de Liliana Azevedo, defendida pela autora no Iscte - Instituto Universitário de Lisboa.                       

Com a participação, em entrevista, de Liliana Azevedo.

A primeira geração de portugueses na Suíça está agora a chegar à idade da reforma. As pensões baixas e os impostos estão a motivar uma vaga de retornos sem paralelo na história da emigração nacional

  Entre os dias 3 e 6 de abril de 2025, os Jardins do Bombarda tornam-se palco de um encontro vibrante entre arte e ciência.

"A Arte de Ser Migrante" é o nome do festival que conta com participantes de França, Luxemburgo, Portugal e Suíça, cujas trajetórias pessoais e familiares são marcadas pela migração.

Criado por duas investigadoras que quiseram levar o tema das migrações para fora da academia, o objetivo é desafiar estereótipos e construir empatia. O programa estende-se até domingo e que inclui debates, concertos, cinema e banda desenhada. A entrada é livre.