Opinião
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Diário de Notícias
Soaria bem clamar que "à história o que é da história, à política o que é da política". Mas, sabemos, a apropriação da história é um dos mais concorridos truques do receituário da prestidigitação governativa. Não me consta que as teses de Antonio Gramsci ou de Mikhail Bakhtin tenham sido consultadas em preâmbulo ao presente processo de revisão da mitologia histórica nacional, cujas fagulhas foram recentemente agitadas pelo nosso estúrdio presidente e parecem estar a incendiar o pequeno nicho da burguesia bem-pensante lisboeta. Um e outro teriam de imediato feito notar que, no que respeita aos discursos auto-expiatórios favoráveis à reparação histórica que propugnam uma reforma radical da mensagem identitária do mito da expansão portuguesa, os seus arautos não se situam propriamente do lado de lá da cerca da "hegemonia cultural". Não é o "povo" oprimido, excluído e marginalizado que, nos musseques, nas tabancas e nas favelas, reclama reparação, expiação e reescrita da história nacional lusa.
Artigo de Manuel João Ramos
Análise
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Público
A estrada é das maiores causas de morte dos jovens. Até quando?
Morre-se mais dentro das localidades do que fora e o país permanece acima da média europeia. Plano de acção da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária – Visão Zero 2030 ainda não arrancou.