Envolver mais as populações que servimos implica repensar estratégias para incluir os públicos locais, pela ponderação das forças e oportunidades que a rede nacional de teatros e cineteatros pode trazer ao tecido cultural de cada região.

Quando chegarem aos 40 anos, que espetáculos estarão estes jovens a frequentar? Que tendências de consumo estão reservadas ao teatro, à opera, ao ballet, aos concertos, festivais e festas locais? O que ainda podem fazer as políticas públicas?

Antes da pandemia, os portugueses tinham baixos consumos culturais, diz um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Será que a tendência se inverteu? Será que faz sentido falar em educação para a arte? Pedro Penim, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e Vera Borges, investigadora do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, debatem o tema, numa conversa moderada por Inês Maria Meneses.

O teatro está no pódio dos espetáculos ao vivo mais frequentados em Portugal, um facto que deixa um sabor agridoce quando se observa os valores concretos. No inquérito mais recente sobre as práticas culturais dos portugueses, 13% das pessoas afirmaram que, em 2019, foram ao teatro